Países da União Europeia (UE) que fazem fronteira com a Rússia e sua aliada Belarus no flanco leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pediram que o bloco assuma um papel maior no reforço da defesa e da segurança do continente, disseram os líderes de oito países ao se reunirem nesta terça-feira em Helsinque.
A reunião do chamado “flanco leste” da UE reuniu líderes da Finlândia, Suécia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia e Bulgária, que ressaltaram a necessidade de priorizar as defesas da região para enfrentar aquilo que consideram uma ameaça de longo prazo vinda da Rússia.
A demonstração de coesão do flanco leste ocorreu antes de uma reunião mais ampla do Conselho Europeu, marcada para quinta-feira em Bruxelas, na qual o futuro dos chamados projetos “emblemáticos” de defesa da UE continua incerto devido à resistência de países-chave do bloco, como Alemanha, França e Itália, informou a Reuters na segunda-feira.
“As regiões da fronteira oriental precisam desempenhar um papel central nos projetos de defesa da UE. Nossa tarefa é garantir que o tema permaneça no topo da agenda e seja compreendido em nível europeu”, afirmou o primeiro-ministro da Finlândia, Petteri Orpo, em comunicado.
Segundo ele, os países da UE já haviam adotado um Livro Branco sobre a defesa do bloco e concordado, em encontros anteriores, com um roteiro para aprimorá-la, incluindo os projetos emblemáticos.
“Parto do pressuposto de que os projetos (emblemáticos) foram aprovados. A próxima questão, então, é como eles serão priorizados dentro da UE, por exemplo na alocação de recursos”, disse Orpo a jornalistas.
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