O ditador da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira (29) um teste bem-sucedido do submarino atômico não tripulado Poseidon, pouco mais de uma semana após um teste com um míssil de cruzeiro de propulsão nuclear, o Burevestnik.
Ele fez o anúncio durante uma reunião com militares feridos na guerra da Ucrânia, transmitida pela televisão estatal. O líder do Kremlin destacou que a potência do Poseidon “supera significativamente” as do míssil intercontinental Sarmat, capaz de transportar de 10 a 15 ogivas nucleares de guiagem individual, e que entrará em serviço em breve nas forças nucleares.
“Além disso, pela velocidade e pela profundidade em que este aparelho navega, não tem análogos no mundo e dificilmente os terá proximamente”, alegou o ditador em sua mais recente propaganda de guerra.
O teste do submarino atômico não tripulado seguiu-se ao efetuado no último dia 21 do míssil de cruzeiro Burevestnik, também de propulsão nuclear, que segundo Putin tem um “alcance ilimitado”.
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu a Putin que parasse de testar mísseis e encerrasse de uma vez por todas a guerra na Ucrânia, dois pedidos que foram ignorados pelo russo.
O Kremlin defendeu os novos testes de armamentos nesta quarta-feira (29) diante do que considera uma “histeria militarista” vigente na Europa.
“Se não existisse a ameaça que provém da Europa, então, é claro, não seriam necessárias medidas adicionais de defesa”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à imprensa local.
Peskov, que também defendeu o desdobramento de mísseis hipersônicos Oreshnik em Belarus, descartou que essa “histeria militarista” e os ânimos “russofóbicos” no continente desapareçam “no curto prazo”.
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