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Previsões de grandes bancos aprofundam desvalorização do iene frente ao dólar | Finanças

Instituições financeiras no Japão e em outros países estão revisando para baixo suas projeções para a taxa de câmbio do iene em relação ao dólar. Isso ocorre devido à redução da expectativa de alta de juros pelo banco central do Japão e a possível expansão de gastos pela nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi.

Em outubro, o iene caiu mais de 7 ienes, ou 4%, em relação ao dólar — significativamente mais do que muitas outras moedas. Neste mês, atingiu o nível de 154 ienes por dólar, a menor cotação em nove meses.

O JPMorgan Chase Bank, em seu relatório divulgado em 31 de outubro, revisou sua projeção para o iene para 156 por dólar no final deste ano, ante a previsão anterior de 142. O banco também revisou a projeção para o final de março de 2026 para 152, ante 139. No mesmo dia, o MUFG Bank e o Sumitomo Mitsui Banking Corp. também alteraram suas previsões para baixo.

O Banco do Japão (o banco central), em sua última reunião de política monetária, manteve as taxas de juros inalteradas. O presidente, Kazuo Ueda, em entrevista coletiva, disse que não tem nenhuma posição pré-definida sobre a decisão de aumentar as taxas e que “gostaria de coletar mais dados e observar o impulso inicial” nas negociações salariais. Essa cautela vem levando à venda do iene e sua consequente desvalorização.

Hirofumi Suzuki, estrategista-chefe de câmbio do Sumitomo Mitsui Banking Corp., acredita que não havia base para preparar um aumento antecipado das taxas de juros. “Não é o momento para comprar ienes proativamente”, disse ele.

Na última sexta-feira, as chances de o Banco do Japão elevar as taxas de juros em sua reunião de política monetária de dezembro eram de 57%, de acordo com um cálculo baseado nas taxas de juros do mercado de swaps de índice overnight. Considera-se que um aumento antecipado das taxas de juros ainda não se tornou o cenário principal para a maioria dos investidores.

Outro fator para a queda do iene é a cautela dos investidores em relação à expansão orçamentária do Japão — embora o governo de Takaichi a descreva como “políticas fiscais responsáveis e proativas”.

A nova primeira-ministra pretende elaborar um plano de estímulo para combater a inflação até o fim de novembro e solicitar ao Parlamento a aprovação do orçamento suplementar para o estímulo durante a atual sessão.

Alguns esperam que a magnitude do orçamento suplementar supere a do ano anterior. Teppei Ino, chefe de pesquisa de mercados globais do MUFG Bank em Tóquio, afirmou: “A preocupação com os gastos pró-ativos de Takaichi não pode ser dissipada até que vejamos a dimensão exata do orçamento suplementar, e até lá, é provável que a pressão se incline para a venda do iene.”

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