A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (31) a oitava fase da Operação Overclean. A ação tem o objetivo de desarticular organização criminosa suspeita de participação em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com o jornal O Globo, a operação também apura desvios de emendas parlamentares.
Segundo a PF, foram cumpridos nesta etapa cinco mandados de busca e apreensão e o sequestro de valores obtidos de forma ilícita, em Brasília (DF), São Paulo (SP), Palmas (TO) e Gurupi (TO). As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a ação foi realizada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal.
“Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro”, diz a PF em nota.
De acordo com O Globo, na sétima fase da operação, no último dia 16, um prefeito de uma cidade do interior baiano estava entre os alvos. Dois dias antes, a polícia realizou outra fase da operação, e um dos alvos foi o deputado federal Dal Barreto (União-BA). Ele foi abordado no aeroporto de Salvador (BA), quando entregou o celular a agentes da PF.
O jornal informou ainda que o irmão do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), Elmo Nascimento, prefeito de Campo Formoso (BA), foi um dos alvos de uma das fases da operação neste ano, mas o parlamentar não foi alvo. O primo dele também, Francisco Manoel do Nascimento Neto, conhecido como Francisquinho Nascimento (União Brasil), que foi eleito vereador de Campo Formoso no ano passado, também foi alvo na época. Em outra fase da operação, em dezembro do ano passado, ele lançou uma sacola com R$ 220.150 pela janela minutos antes de ser preso pela PF.
O jornal informou ainda que a PF estima que a organização criminosa investigada tenha movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de contratos fraudulentos e obras superfaturadas. Outro alvo da operação foi o empresário José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo“.
A investigação Overclean começou para apurar desvios de recursos de emendas parlamentares destinadas ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e mirou na atuação de Moura junto a políticos para destravar negócios públicos. A organização é suspeita de atuar com pagamento de propina a agentes públicos para conseguir contratos em todo o país, explica o jornal.
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