Início Brasil “ninguém enfrenta fuzil com beijinhos”

“ninguém enfrenta fuzil com beijinhos”

O vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá (PT-RJ), contrariou o posicionamento de muitos dos aliados do partido e de membros do governo e declarou apoio à megaoperação policial no Rio de Janeiro, na última terça (28), que levou 113 criminosos do Comando Vermelho à prisão e deixou 121 mortos, sendo 117 civis – que o governo fluminense afirma serem “narcotraficantes” – e quatro policiais.

Quaquá defendeu a operação policial ao mesmo tempo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mostrou “estarrecido” com a operação e o correligionário Fernando Haddad, ministro da Fazenda, que considerou a ação como ineficaz para combater o crime organizado.

“Ninguém enfrenta fuzil com beijinhos. Se enfrenta fuzil dando tiro em quem está com fuzil”, afirmou em um vídeo publicado em uma rede social:

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Washington Quaquá, que também é prefeito do município de Maricá, na Baixada Fluminense, até concordou em parte com as críticas ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), de que não houve uma comunicação ao governo federal, e lamentou a quantidade de mortos durante a operação. No entanto, frisou que a maioria das vítimas era de criminosos que tentou enfrentar os policiais na ação.

“Por mais que eu fique consternado com as mortes, sobretudo dos policiais, que são as primeiras que temos que lamentar, alguns inocentes morreram. Mas, obviamente que a grande maioria [era] de gente que portava fuzil, que é soldado do narcotráfico, que oprime famílias, que mata pessoas”, ressaltou. O político seguiu afirmando que quem morreu no meio da mata, “morreu numa guerra”.

Ao todo, a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro apreendeu 91 fuzis, uma das maiores quantidades já encontradas em uma única operação.

Apesar do apoio à operação, Washington Quaquá criticou a estratégia adotada e afirmou que deveria ter se adotado um planejamento diferente com o fechamento do morro para “sufocar aos poucos até dominar e conquistar o território”.

“Não pode ser um território de guerra. […] Que sirva de lição. Que, agora, governo do estado se uma ao governo federal, às prefeituras, e vamos combater o crime com tiro, porrada e bomba sim, para que os traficantes não dominem território. […] Porrada pra quem precisa”, completou.

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