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Ministras de Lula e deputadas de esquerda vão às favelas da Penha e Alemão

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As ministras Anielle Franco, da Igualdade Racial, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos, estiveram nos complexos da Penha e do Alemão nesta quinta (30), no Rio de Janeiro, para conversar com moradores após a megaoperação que vitimou 121 pessoas e levou 113 à prisão, segundo dados atualizados no começo da tarde. Elas foram acompanhadas das deputadas de esquerda Benedita da Silva (PT-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e do deputado Reimont (PT-RJ).

A comitiva de ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e parlamentares afirma ter ido ao local para ouvir famílias e cobrar providências sobre as mortes provocadas durante a Operação Contenção, em que mais de 70 corpos de moradores das comunidades foram encontrados na mata entre os dois complexos. Eles são apontados pela polícia como integrantes do Comando Vermelho.

“Exigimos justiça”, disse Benedita ao chegar na sede da Central Única das Favelas (CUFA) mais cedo para uma reunião com movimentos sociais e moradores das duas comunidades.

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Além da reunião na CUFA, a comitiva das ministras e parlamentares de esquerda também incluiu uma visita ao Instituto Médico-Legal, onde os corpos resgatados pela comunidade estão sendo periciados, uma reunião com a Defensoria Pública do Estado e um encontro com movimentos sociais e parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

“Não pode ser natural você ir para um território onde há milhares de pessoas e fazer uma operação a céu aberto, colocando as famílias em pânico. Eu saí da favela, mas ela não saiu de mim. Eu conheço a dor daquela gente”, afirmou Benedita na véspera em discurso na Câmara dos Deputados.

A deputada responsabilizou o governador Cláudio Castro (PL-RJ) pela alta letalidade da operação, assim como outros parlamentares de esquerda e membros do governo têm feito desde a ação da última terça (28). No dia seguinte, a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro detalhou a estratégia afirmando que o objetivo era levar os criminosos para a mata e evitar confrontos no meio das comunidades.

Por conta das críticas feitas à operação, parlamentares da esquerda passaram a ser acusados de proteger os criminosos, o que foi contestado pela parlamentar.

“É de doer ouvir nesta Casa que ‘a esquerda protege bandido’. Nós não protegemos bandidos, nós protegemos as famílias decentes, aquelas que limpam a casa dos senhores e das senhoras, que cuidam dos seus cachorros e dos seus filhos. São essas pessoas que nós defendemos”, seguiu Benedita no discurso.

Anielle Franco também criticou a estratégia adotada pelo governo do Rio de Janeiro para a operação e afirmou que “segurança pública e combate ao crime organizado se faz com estratégia, inteligência, colaboração e, principalmente, redução de desigualdades e vulnerabilidades”.

Já o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a alta letalidade “era previsível, mas não era desejada”, e que “parte desses criminosos resolveu enfrentar o estado e atacar os nossos policiais”.

Ele considerou que todos os corpos encontrados pelos moradores das duas comunidades são de “narcoterroristas”, mesmo sem a identificação de todos eles.

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