Falta de desfibrilador levou à interdição do estabelecimento; polícia apura se o equipamento poderia ter evitado a morte.
COPACABANA, Rio de Janeiro – 21 de maio de 2025
Dayane de Jesus, 22 anos, estudante de Relações Internacionais da UFRJ, sofreu um mal súbito enquanto treinava em uma academia na noite de terça-feira (20). Testemunhas relataram que não havia desfibrilador no local — item obrigatório por lei estadual desde 2021 e cuja exigência foi ampliada a academias em 2022.
Câmeras internas mostram alunos tentando socorrer a jovem. Um deles, médico, pediu o aparelho, mas o equipamento não estava disponível. Dayane não resistiu. A Polícia Civil interditou a academia na tarde desta quarta-feira (21) por descumprimento das normas de socorro e enviou a documentação para a Prefeitura, responsável pela aplicação da multa.
“Independentemente de eventual cardiopatia pré-existente, precisamos saber se a presença do desfibrilador poderia ter evitado essa morte”, declarou o delegado Angelo Lages.
Amigos contam que Dayane mantinha seus exames em dia, apesar de histórico familiar de problemas cardíacos. “Ela veio do Pedro II, estava no último período da UFRJ, sempre muito dedicada. Era motivo de orgulho para todos”, disse o amigo Rafael D’Ávila.
A academia não se manifestou até o fechamento desta edição. Testemunhas serão ouvidas, e laudos periciais devem esclarecer se houve negligência no atendimento inicial.

Por que o caso interessa a Meriti
A legislação que obriga desfibriladores vale para todo o Estado do Rio de Janeiro. Academias de São João de Meriti que descumprirem a regra também podem ser multadas e interditadas. Pais e alunos devem exigir a presença do equipamento e funcionários treinados — medida simples que salva vidas.
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