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Itamaraty acha viável fechar acordo entre Mercosul e Indonésia, mas rejeita livre comércio | Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca para Indonésia, nesta terça-feira (21), e deve aproveitar a viagem para validar a retomada das negociações entre o país e o Mercosul, que atualmente está sendo presidido pelo próprio Brasil. Segundo o Itamaraty, os sinais são de “abertura” para um tratado comercial abrangente, com redução de barreiras tarifárias. Apesar disso, a ideia de um acordo de livre comércio não está na mesa de negociação, explicou a chancelaria brasileira.

“Temos visto algum momento de retomar negociações para um acordo econômico mais abrangente, o que não deve ser confundido com um acordo de livre comércio. Será um acordo para redução de barreiras tarifárias”, explicou embaixador Everton Frask Lucero, diretor do departamento de Índia, sul e sudeste da Ásia do Itamaraty. “É um processo que ainda está por ser negociado”, complementou.

A passagem de Lula pela Indonésia terá caráter de visita de Estado, como forma de retribuir a vinda do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, ao Brasil, em julho deste ano. Por conta disso, haverá também eventos empresariais entre os dois países durante a visita do presidente. A comitiva brasileira terá a presença de 100 empresários nacionais, que foram convidados a acompanhar o chefe do Executivo a fim de estreitar as relações com investidores do país.

“Os contatos de alto nível entre Brasil e Indonésia têm se intensificado. É momento para reforçar a parceria estratégica”, acrescentou Lucero.

Após a passagem pela Indonésia, Lula seguirá, na sexta-feira (24), para a Malásia, onde participará, pela primeira vez, da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Kuala Lumpur. O convite para que Brasil esteja representado na reunião é inédito e se deve ao fato de que Lula conseguiu se aproximar do primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim. Segundo o Itamaraty, os dois descobriram “fortes coincidências” nas posições globais deles.

A Asean é um bloco com dez países e 680 milhões de habitantes, que tem experimentado crescimento econômico acelerado e rápida evolução tecnológica. O Produto Interno Bruto (PIB) agregado é de US$ 4 trilhões, o que representa a quarta economia do mundo, atrás de Estados Unidos, China e Japão.

Em outra frente, a agenda na Malásia também se mostrou uma oportunidade para que Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, façam sua primeira agenda bilateral presencial. Isso porque ambos estarão em Kuala Lumpur no dia 26 de outubro, data que o próprio Itamaraty admite como “possível janela” para a reunião entre eles.

“Há espaço reservado para isso [encontros bilaterais]. Há janelas e é possível acomodar eventuais encontros”, disse Lucero, ao ser questionado sobre a possibilidade de uma reunião bilateral entre os dois chefes de Estado.

Até agora, a única agenda bilateral de Lula confirmada para acontecer no âmbito da Asean é uma reunião com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Os dois devem negociar os detalhes de uma visita de Lula a Modi em fevereiro do ano que vem.

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