Cinco novos suspeitos foram presos na investigação do roubo de joias no Louvre, incluindo um dos quatro suspeitos de integrar o grupo que realizou o crime, informou a procuradora de Paris, Laure Beccuau, à rádio RTL nesta quinta-feira (30).
Os cinco foram presos simultaneamente no 16º distrito de Paris e arredores, especificamente no 93º departamento (Seine-Saint-Denis), na tarde e noite de quarta-feira (29), explicou a procuradora.
Um dos presos na noite de quarta-feira “era alvo dos investigadores” e eles têm “provas de DNA que o ligam ao roubo. Ele era um dos suspeitos que tínhamos em vista”, acrescentou.
Beccuau observou que os outros quatro presos na quarta-feira “podem fornecer informações sobre como o roubo aconteceu”. As buscas policiais realizadas nesta quarta ainda não resultaram na localização dos bens roubados, disse a procuradora.
O Louvre estimou o valor material das joias em cerca de 88 milhões de euros, enquanto seu valor histórico e patrimonial é incalculável, segundo especialistas.
As prisões mais recentes ocorreram na mesma noite em que os dois homens presos no sábado anterior — que admitiram seu envolvimento no roubo — foram formalmente acusados pelo juiz de instrução de “roubo organizado e conspiração para cometer um crime” e tiveram a prisão preventiva decretada, anunciou a Procuradoria de Paris.
Esses dois homens, ambos com cerca de trinta anos, “admitiram parcialmente os fatos”, explicou Beccuau em uma coletiva de imprensa realizada na tarde de quarta-feira. Eles são suspeitos de serem os responsáveis por “entrarem na Galeria Apollo para roubar as joias”, especificou ela.
Segundo a promotora, os dois homens presos na primeira operação tinham antecedentes criminais: um por infrações de trânsito e o outro por roubo qualificado, disse ela, especificamente por tentativa de furto de um caixa eletrônico, atropelando-o com um carro.
O primeiro homem, um argelino de 34 anos que vivia na França desde 2010, tentava retornar ao seu país quando foi preso no Aeroporto Charles de Gaulle por volta das 20h de domingo. De acordo com a promotora, seu DNA foi encontrado em uma das motocicletas usadas pelo grupo na fuga.
O segundo suspeito, de 39 anos, foi preso 40 minutos depois, perto de sua casa em Aubervilliers, nos arredores de Paris, onde nasceu. Seu DNA foi encontrado em uma das duas vitrines que eles quebraram para roubar as joias da Galeria Apollo, no Louvre, bem como em alguns dos itens abandonados pelos ladrões durante a fuga, disse Beccuau.
A promotora acrescentou que “nada neste momento sugere que os autores do crime tenham tido cúmplices dentro do museu”. No entanto, os investigadores não descartam a possibilidade de se tratar de um grupo muito maior do que os quatro autores identificados pelas câmeras de segurança, afirmou ela.
Cerca de cem investigadores da Brigada de Repressão ao Crime Organizado (BRB) e do Escritório Central de Combate ao Tráfico de Bens Culturais (OCBC) estão trabalhando para encontrar o quarto ladrão e quaisquer outros possíveis cúmplices no roubo ao Louvre em 19 de outubro.
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