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Entenda como Meriti chegou a um déficit de R$ 1 bilhão: salários atrasados, saúde em crise e a pergunta que não cala – de quem é a culpa?

O cenário da calamidade

São João de Meriti enfrenta um colapso financeiro sem precedentes. O município, um dos mais populosos da Baixada Fluminense, acumula um déficit de R$ 1,04 bilhão, valor três vezes maior do que os R$ 400 milhões inicialmente apontados pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

O prefeito Léo Vieira decretou em janeiro de 2025 o estado de calamidade financeira e, desde então, já prorrogou a medida três vezes — a mais recente publicada em 8 de setembro de 2025, no Decreto nº 7462. Com isso, a cidade segue até janeiro de 2026 sob um regime excepcional para tentar equilibrar as contas públicas.

Setores mais afetados

O impacto do rombo bilionário atinge diretamente os principais serviços públicos da cidade:

  • Servidores municipais – o 13º salário segue em atraso, e não há garantias sobre a regularidade da folha de pagamento.
  • Saúde pública – o próprio decreto admite risco de colapso, com aumento da demanda e falta de recursos para manter as unidades funcionando plenamente.
  • Educação e assistência social – setores que dependem fortemente de repasses e estão ameaçados por cortes.
  • Previdência municipal – dívidas com inativos e pensionistas crescem, comprometendo ainda mais o orçamento.
  • Limpeza urbana – serviços básicos também ficam em risco com a falta de recursos para manutenção.

A quem atribuir a responsabilidade?

A pergunta que não cala entre moradores e especialistas é: de quem é a culpa?

  • Gestão atual: o prefeito Léo Vieira é o responsável imediato, já que está no comando da cidade e prorrogou sucessivamente o estado de calamidade. Apesar de alegar herança financeira, a falta de medidas efetivas além dos decretos gera críticas.
  • Gestões anteriores: o problema é antigo. A dívida previdenciária e o déficit estrutural foram acumulados por administrações passadas, que gastaram mais do que arrecadaram e não priorizaram equilíbrio fiscal.
  • Fatores estruturais: Meriti tem arrecadação própria baixa, dependência de repasses estaduais e federais e uma máquina pública cara, com despesas que superam em muito a receita.

A crise, portanto, é resultado de anos de má gestão combinados à incapacidade atual de oferecer soluções duradouras.

O que pode acontecer

Com a prorrogação do estado de calamidade:

  • A prefeitura ganha flexibilidade fiscal, podendo renegociar dívidas e priorizar despesas urgentes.
  • No entanto, a população segue sofrendo com atrasos salariais, riscos à saúde e ameaça de paralisação de serviços básicos.
  • Sem um plano de ajuste fiscal robusto e medidas para aumentar a arrecadação, São João de Meriti pode permanecer indefinidamente em calamidade financeira.

O déficit bilionário, a crise nos serviços públicos e a instabilidade para servidores mostram que São João de Meriti vive um verdadeiro colapso financeiro. A população paga a conta de uma crise estrutural agravada pela falta de respostas imediatas e de longo prazo.

A grande questão que fica para os moradores é: quem assumirá a responsabilidade de tirar Meriti desse abismo?

Jornal de Meriti

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