A atividade industrial dos Estados Unidos teve pouca variação de setembro para outubro, de acordo com dois dados divulgados nesta segunda-feira. A S&P Global e o Instituto para Gestão da Oferta (ISM) revelaram os resultados de seus índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), indicador do movimento do setor calculado com base em consultas aos gerentes de compras de empresas privadas. No entanto, com metodologias diferentes, os números mostraram tendências opostas.
O PMI medido pelo ISM caiu para 48,7 pontos em outubro, ante 49,1 em setembro. O resultado ficou abaixo da estimativa média de 49,3 pontos dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
Pontuações abaixo de 50 pontos indicam contração da atividade econômica, enquanto acima desse valor indicam expansão.
Entre os subíndices, o de novos pedidos subiu para 49,4 pontos, ante 48,9 em setembro, e o de emprego ficou em 46 pontos, de 45,4. O índice de preços caiu de 61,9 pontos em setembro para 58.
O PMI calculado pela S&P Global subiu de 52 pontos em setembro para 52,5 em outubro, ficando acima do consenso do mercado para esse índice, de 52 pontos.
Segundo a S&P Global, os desafios na previsão da política comercial contribuíram para limitar a confiança das empresas, embora alguns fabricantes esperem se beneficiar, com o tempo, do retorno da produção industrial de outros países para os Estados Unidos. As tarifas também continuaram a sustentar um alto nível de inflação de custos na economia manufatureira.
O PMI foi impulsionado em outubro por ganhos simultâneos e acelerados tanto na produção quanto nos novos pedidos. A produção aumentou em um ritmo sólido, enquanto o ganho em novos pedidos foi o melhor registrado em 20 meses.
“As empresas se tornaram menos otimistas em relação ao próximo ano, com o sentimento voltando a níveis próximos aos pessimistas observados por volta dos anúncios de tarifas de abril. As incertezas da política comercial dos EUA são novamente um fator importante para o desânimo dos negócios, com as políticas tarifárias sendo cada vez mais responsabilizadas tanto pelo aumento das perdas nas exportações quanto pelas interrupções na cadeia de suprimentos de importação”, comentou o economista-chefe de negócios da S&P Global, Chris Williamson.
“Essas preocupações com exportações e importações estão sendo exacerbadas por questões políticas mais voltadas para o âmbito doméstico, incluindo a paralisação do governo federal”, acrescentou.
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