O Grupo Ambipar anunciou nesta segunda-feira (20) que entrou com pedido de recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, após uma série de eventos que abalaram a confiança do mercado. A decisão foi tomada em caráter de urgência pelo Conselho de Administração, incluindo também a Environmental ESG Participações S.A. e suas afiliadas.
A informação foi antecipada mais cedo nesta segunda pelo Pipeline, site de negócios do Valor. A companhia estava protegida contra vencimentos de dívidas com credores somente até o dia 23, quinta-feira, quando acaba o prazo da medida cautelar antecedente obtida no Tribunal de Justiça do Janeiro (TJ-RJ). Para manter a proteção contra cobrança de dívidas, a companhia precisava protocolar a recuperação judicial até essa data.
A crise foi desencadeada pela descoberta de possíveis irregularidades em operações financeiras (swaps) e pela renúncia abrupta do diretor financeiro, o que levou credores a anteciparem vencimentos de dívidas e aumentou o risco de inadimplência cruzada no grupo.
Para proteger suas operações, empregos e contratos, o grupo buscou tutela cautelar e protocolou o pedido de recuperação judicial, visando uma reorganização transparente e equitativa entre credores, trabalhadores e acionistas. Paralelamente, a Ambipar Emergency Response, sediada nas Ilhas Cayman, entrou com pedido de proteção sob o Chapter 11 nos Estados Unidos, medida restrita à subsidiária internacional.
O Conselho também convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para ratificar a decisão e instalar o Conselho Fiscal.
Apesar da turbulência, a Ambipar afirma que suas operações seguem normalmente, mantendo milhares de empregos e serviços essenciais.
A Ambipar soma cerca de R$ 11 bilhões em dívida. A empresa é assessorada pelos escritórios Salomão Advogados e Galdino Advogados, do Rio.
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