O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (14) que revogou os vistos de seis cidadãos estrangeiros por terem feito nas redes sociais comentários depreciativos sobre a morte do ativista conservador americano Charlie Kirk.
Segundo informações do Departamento de Estado, as seis pessoas que tiveram seus vistos revogados são da Argentina, Brasil, Alemanha, México, Paraguai e África do Sul. Elas não foram identificadas.
A Gazeta do Povo solicitou ao Departamento de Estado informações sobre quem é o cidadão brasileiro, mas ainda não obteve resposta. Essa reportagem será atualizada caso haja retorno.
Num post no X, o Departamento de Estado disse que “os Estados Unidos não têm obrigação de acolher estrangeiros que desejam a morte de americanos”.
“O Departamento de Estado continua a identificar portadores de visto que celebraram o hediondo assassinato de Charlie Kirk”, disse a pasta, que republicou posts que motivaram essas revogações de vistos, mas com os nomes dos usuários com tarjas, para não serem identificados.
No caso do brasileiro, assim como do mexicano e do paraguaio, o Departamento de Estado não acrescentou imagens do post, mas disse: “Um cidadão brasileiro alegou que ‘Charlie Kirk foi a razão de um comício nazista onde marcharam em sua homenagem’ e que Kirk ‘MORREU TARDE DEMAIS’. Visto revogado”.
Anteriormente, os EUA haviam anunciado a revogação dos vistos do médico Ricardo Barbosa, do humorista Tiago Santineli e da influenciadora Juliana Rosa, conhecida como “Juju dos Teclados”, todos brasileiros, devido a comentários sobre a morte do ativista.
O anúncio da revogação dos vistos ocorreu no momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conferia postumamente a Charlie Kirk a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração civil do país.
A cerimônia ocorreu no Rose Garden da Casa Branca e teve a presença de Erika Kirk, viúva do ativista. Ela se tornou CEO da Turning Point USA, organização conservadora fundada pelo marido, após o assassinato de Kirk, morto durante um evento em uma universidade em Utah em 10 de setembro.
Se estivesse vivo, Kirk completaria 32 anos de idade nesta terça-feira. Na cerimônia, Trump comemorou o bom tempo em Washington, que permitiu que o evento fosse realizado ao ar livre.
“Eu disse a Erika que Deus estava observando. E ele não queria isso [que a cerimônia fosse realizada em um local fechado] para Charlie”, disse o presidente americano.
No seu discurso, Trump disse que o ativismo de Kirk foi decisivo para que ele vencesse a eleição de 2024 e voltasse à Casa Branca, após a derrota eleitoral de 2020.
“Ele ajudou a fazer isso acontecer. [Sem Kirk], talvez [a democrata] Kamala [Harris] estivesse aqui hoje. Isso não seria bom”, ironizou o republicano.
“Charlie está alcançando um marco muito mais importante”, disse Trump na cerimônia. “Estamos inscrevendo seu nome para sempre na lista eterna de verdadeiros heróis americanos. Ele é um verdadeiro herói americano.”
Erika, que recebeu a medalha de Trump, disse que se tratava do “presente de aniversário perfeito para Charlie”.
“Obrigada, senhor presidente, por homenagear meu marido de uma forma tão profunda e significativa”, afirmou. O presidente argentino, Javier Milei, também esteve presente na cerimônia.
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