Um levantamento divulgado pelo Instituto Fogo Cruzado revela que 37 pessoas foram baleadas dentro de bares na Região Metropolitana do Rio de Janeiro entre 1.º de janeiro e 19 de maio de 2025. O número é três vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

O caso mais recente aconteceu no último domingo (18), quando oito pessoas foram baleadas em um bar localizado na rua Miguel Couto, no bairro Ambaí, em Nova Iguaçu. Segundo testemunhas, o tiroteio começou após dois homens chegarem ao local em uma motocicleta. Três pessoas morreram no ataque.

Ainda de acordo com o levantamento, Nova Iguaçu lidera o ranking de cidades com mais vítimas de tiros em bares, somando 17 pessoas atingidas. Em seguida aparecem: Rio de Janeiro (10 vítimas), São Gonçalo (5), Duque de Caxias (2), Itaboraí (1), Mesquita (1) e São João de Meriti (1).

Principais causas dos tiroteios em bares no Grande Rio em 2025

• Homicídios ou tentativas: 14 registros
• Ataques a civis: 10 registros
• Brigas: 7 registros
• Roubos ou tentativas: 7 registros

Os dados mostram que a maioria dos casos está relacionada a crimes intencionais com alvos específicos, enquanto uma parte está ligada a brigas comuns e assaltos.

Região mais afetada

A Baixada Fluminense concentrou 57% dos casos de pessoas baleadas em bares na região metropolitana do Rio de Janeiro em 2025. Em comparação, a Zona Oeste da capital teve 19%, a Zona Norte 8%, e o Leste Metropolitano ficou com 16%. Não houve registro de tiros em bares na Zona Sul e no Centro da cidade do Rio.

Casos emblemáticos

No início do ano, um crime chocou a população de Nova Iguaçu: Ariane Barreto, de 36 anos, e seu namorado, o policial militar Washington Souza, foram mortos a tiros dentro de um bar. O autor do crime foi o ex-companheiro de Ariane, também policial, que chegou ao local e disparou contra o casal.

Segurança e prevenção

Diante da escalada da violência armada em bares, especialistas sugerem medidas como:

• Aumento do policiamento ostensivo em áreas comerciais e de lazer;
• Reforço na fiscalização e segurança privada nos estabelecimentos;
• Adoção de câmeras de vigilância com monitoramento em tempo real;
• Integração de aplicativos como o Fogo Cruzado, que permite o compartilhamento de informações sobre tiroteios em tempo real.

Sobre o Instituto Fogo Cruzado

O Fogo Cruzado é uma plataforma colaborativa de dados sobre violência armada. Através de seu aplicativo, qualquer pessoa pode enviar relatos, receber alertas e acompanhar mapas de risco. O banco de dados é utilizado por jornalistas, pesquisadores e entidades públicas.

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