O secretário-geral do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, número 2 do chavismo, afirmou nesta segunda-feira (8) que o Prêmio Nobel da Paz é “um leilão” concedido “ao maior lance”.
Foi uma tentativa de menosprezar o prêmio deste ano, que na quarta-feira (10) será entregue a María Corina Machado, líder da oposição venezuelana e que ganhou o Nobel da Paz devido à sua luta pela volta da democracia no país.
“Quanto a Oslo, não sei. Não sabemos nada sobre isso; não participamos desse leilão”, declarou Cabello, durante a coletiva de imprensa semanal do PSUV, transmitida pela emissora estatal Venezolana de Televisión (VTV).
“Basta olhar para quem já ganhou o Prêmio Nobel da Paz e você encontrará a resposta. Não é preciso procurar muito”, acrescentou. “Não é difícil descobrir”, disse Cabello, que alfinetou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sonha com o Nobel da Paz: “Há gente muito irritada [por não ter ganhado o prêmio]”.
María Corina está em local não divulgado na Venezuela e, por razões de segurança, ainda não se sabe como e quando ela viajará à Noruega para receber o prêmio.
Líderes conservadores latino-americanos, como os presidentes Javier Milei (Argentina), Santiago Peña (Paraguai) e José Raúl Mulino (Panamá), confirmaram presença na cerimônia em Oslo, assim como Edmundo González, vencedor da eleição presidencial venezuelana de 2024, fraudada pelo chavismo para que Nicolás Maduro continuasse no poder.
González está exilado desde setembro do ano passado na Espanha, para onde viajou depois que o chavismo decretou sua prisão.
Cabello afirmou nesta segunda-feira que o chavismo já “tem o melhor prêmio de todos”, que, segundo ele, é “o povo” e “a paz”, e que na quarta-feira haverá na Venezuela “uma grande marcha dos camponeses” para comemorar o aniversário da Batalha de Santa Inés, ocorrida em 1859 durante a Guerra Federal Venezuelana.
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