A empresa sul-coreana de comércio eletrônico Coupang foi processada em um tribunal dos Estados Unidos em uma ação coletiva de investidores que alega violações das leis de valores mobiliários após uma violação de segurança cibernética expor informações pessoais de mais de 33 milhões de clientes.
A ação, movida na semana passada em um tribunal federal na Califórnia, afirma que a Coupang, seu diretor-presidente e presidente, Bom Kim, e seu diretor financeiro, Gaurav Anand, enganaram investidores sobre as práticas de segurança de dados da empresa e não divulgaram a violação de forma oportuna.
A Coupang, maior varejista online da Coreia do Sul, pediu desculpas no mês passado pela violação de informações pessoais por meio de acesso não autorizado a dados. Após o incidente, Park Dae-jun, diretor executivo da subsidiária Coupang Corp, renunciou neste mês.
A empresa, apelidada de “Amazon.com da Coreia do Sul”, afirmou anteriormente que reforçaria a segurança para evitar outro vazamento de dados. A Coupang não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, nem o advogado que representa o investidor que entrou com a ação em 18 de dezembro.
A Coupang, que atua globalmente, possui escritórios na Califórnia e em outras cidades dos EUA. A empresa domina o mercado de e-commerce sul-coreano, oferecendo entrega no mesmo dia, streaming de vídeo e entrega de alimentos. A violação gerou investigações na Coreia do Sul.
A ação judicial afirma que a Coupang descobriu em 18 de novembro que um ex-funcionário manteve acesso aos sistemas internos por meses, comprometendo nomes de clientes, endereços de e-mail, endereços de entrega e alguns históricos de pedidos. A empresa disse que a violação não expôs dados de pagamento nem credenciais de login.
Segundo a ação, a Coupang deixou de relatar a violação conforme as regras de valores mobiliários dos EUA de forma oportuna. A empresa, de acordo com o processo, apresentou documentos regulatórios nos EUA que subestimavam sua vulnerabilidade a ataques cibernéticos e superestimavam suas medidas de proteção.
A queixa busca indenização para investidores que compraram valores mobiliários da Coupang entre 6 de agosto e 16 de dezembro.
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