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Valdemar diz que Alcolumbre vai pagar caro por trabalhar para STF

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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), “trabalha” para o Supremo Tribunal Federal (STF) e “vai pagar caro” se não atender as demandas da oposição sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. 

“Davi Alcolumbre trabalha para o Supremo, não trabalha para nós. Ele não trabalha para o Senado. Mas vai pagar caro por causa disso. Vai pagar caro se não se comportar como tem que se comportar, como um presidente do Senado deve se comportar. Defender os senadores”, declarou o dirigente em entrevista à rádio Itatiaia na última quinta-feira (18).

Valdemar lembrou que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) teve que usar tornozeleira eletrônica por ser alvo de uma investigação no STF e Alcolumbre “não teve peito para enfrentar” a ordem do ministro Alexandre de Moraes. O magistrado determinou a retirada do equipamento no final de agosto. O senador está em licença por 120 dias.

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O dirigente disse ainda que “vai ser muito difícil” que Alcolumbre se reeleja presidente do Senado caso não aceite as pautas da oposição. “Ele vai pagar caro. Ou ele se comporta, defendendo o Senado como tem que defender, ou vai ter muitos problemas pela frente”, destacou, dizendo que o comportamento do senador “tem deixado muito a desejar”.

Valdemar promete derrubar a proposta e obstruir os trabalhos do Senado, caso a anistia “ampla, geral e irrestrita”, defendida pelo PL, seja trocada pela redução de penas. “Vamos derrubar. A nossa única arma é a obstrução, parar as Casas [Legislativas]. Nós vamos ter dificuldades no Senado? Vamos, mas temos maioria lá também. Então, se não for por bem, a gente começa a obstruir os trabalhos, o que é muito ruim para o Senado”, afirmou.

Ele reforçou que a anistia deve abranger a inelegibilidade de Bolsonaro, que classificou como “uma injustiça que não tem tamanho”. “Nós temos que corrigir [a inelegibilidade de Bolsonaro] através desses atos [projeto da anistia]. Temos que fazer tudo de acordo com a lei. Agora, nós não aceitamos essas decisões. Vamos até o fim nessa história”, enfatizou o dirigente.

Valdemar defende PEC da Imunidade: “Perdemos muitas prerrogativas”

O presidente do PL defendeu a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 3/21 que restringe a operação e prisões de senadores e deputados. A PEC da Imunidade, também conhecida como PEC da Blindagem ou PEC das Prerrogativas, não deve avançar no Senado. 

“Nós perdemos muitas prerrogativas. Eu estou aqui há 35 anos. Nós tínhamos uma série de proteções que cada presidente que passava foi tirando um pouco para ficar bem na opinião pública e não ficaram bem por causa disso, mas faziam porque dava ibope”, disse. 

Valdemar argumentou que os deputados devem ser “protegidos” para que possam “produzir melhor, porque senão amanhã só gente ruim vai querer ser deputado”. Questionado sobre a possibilidade da PEC ser derrubada no Senado, o dirigente reforçou que tem maioria de votos. “Agora, vai ser uma discussão grande e nós temos que ver quem vai vencer a maioria”, afirmou.

Alcolumbre criticou obstrução da oposição em “desabafo” no Senado

Alcolumbre afirmou que a pressão da oposição pela anistia torna “impossível” que o Senado trate de temas que realmente importam para a população brasileira. Em um momento de “desabafo”, ele destacou que alguns senadores ameaçam “24 horas por dia” obstruir os trabalhos, criam “transtornos” e focam apenas em questões do Judiciário.

“Nós estamos com problema com aqueles que falam que vão obstruir 24 horas por dia para não votar mais nada. Nós estamos com o problema daqueles que não querem votar a legislação, porque ficam se atendo aos debates seja do Judiciário, seja do impeachment de ministro do Supremo, seja de anistia”, disse.

“A gente está sendo atropelado e dragado por uma mesma conversa desde a última eleição”, ressaltou o presidente do Senado. Na ocasião, Alcolumbre também criticou a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.

“Não dá para eu ver todos os dias, e é a primeira vez que vou falar disso e terei que falar toda semana, um deputado federal do Brasil, eleito pelo povo de São Paulo, lá nos Estados Unidos instigando um país contra o meu país. Não dá para aceitar todas essas agressões calado”, disse o senador.

Declarações polêmicas de Valdemar

Na semana passada, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que houve o suposto planejamento de golpe no Brasil, mas negou que o movimento tenha cometido crime. Ele também minimizou a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes e disse que os atos foram promovidos por “um bando de pé de chinelo”.

“Houve um planejamento de golpe, mas nunca houve o golpe efetivamente. No Brasil a lei diz o seguinte: ‘se você planejar um assassinato, mas não fez nada, não tentou, não é crime’. O golpe não foi crime. O grande problema nosso é que teve aquela bagunça no 8 de Janeiro e o Supremo diz que aquilo foi golpe. Olha só, que absurdo, camarada com pedaço de pau, um bando de pé de chinelo quebrando lá na frente e eles falam que aquilo é golpe”, disse. 

A declaração ocorreu poucos dias após a Primeira Turma do STF condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão pela suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Pressionado, Valdemar recuou e disse que nunca reconheceu um plano de golpe. “Durante um evento realizado no interior de São Paulo, uma declaração minha acabou sendo interpretada de forma equivocada e gerou repercussão. Por isso, considero importante esclarecer de maneira objetiva o que foi dito”, ressaltou Valdemar.

“É claro que eu não falei nesse sentido. Minha fala foi feita com uma condicionante: se tivesse, imagine que tivesse, vamos supor que tivesse… Foi no campo do imaginário. E está claro: nunca houve planejamento, muito menos tentativa. O próprio ministro do Supremo Luiz Fux já confirmou isso”, acrescentou. 

Nesta sexta-feira (19), o dirigente disse que uma possível candidatura do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à Presidência da República, contra a vontade de Bolsonaro, pode “ajudar a matar” o ex-presidente. A declaração ocorre em meio à possibilidade de Eduardo deixar o PL para disputar a vaga ao Palácio do Planalto nas eleições de 2026.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Valdemar disse esperar que Bolsonaro seja o candidato da direita no pleito presidencial, mas, caso isso não aconteça, o dirigente afirmou que Bolsonaro terá a palavra final. Questionado se Eduardo obedecerá ao pai, o presidente do PL destacou que o deputado “tem que obedecer porque os votos que ele tem são por causa do pai, não são por causa dele”.

“Não acredito que brigue com o pai dele… Vai ajudar a matar o pai de vez? Porque o que o Bolsonaro está passando… Nossa Senhora”, afirmou. O filho do ex-presidente classificou a declaração como “canalhice” e cobrou um pedido público de desculpas.

“Dizer que um filho ajudaria a matar o próprio pai, se ele não aceitar as chantagens que até seus aliados mais próximos estão fazendo com ele, é de uma canalhice que não esperava nem mesmo de você, Valdemar”, disse Eduardo à coluna de Bela Megale, no jornal O Globo.

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