A Executiva Nacional do União Brasil decidiu nesta segunda-feira (8) expulsar o ministro do Turismo, Celso Sabino, após ele se recusar a deixar o governo Lula (PT). Em 18 de setembro, o partido deu 24 horas para que todos seus filiados saíssem do governo, sob “pena de prática de ato de infidelidade partidária”.
“A Comissão Executiva Nacional do União Brasil decidiu, durante reunião realizada na tarde desta segunda-feira (8), pela expulsão com cancelamento de filiação do deputado federal e atual ministro do Turismo, Celso Sabino”, disse a legenda, em nota.
Após o ultimato, Sabino chegou a comunicar a gestão petista que entregaria o cargo, porém, resistiu e continuo à frente da pasta. Com o descumprimento, ele foi suspenso do partido por dois meses e perdeu a presidência do diretório no Pará.
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A expectativa é que Sabino dispute uma das vagas do Pará ao Senado nas eleições de 2026. A príncipio, ele continuaria no Ministério do Turismo para acompanhar a realização da COP 30 em Belém, considerada uma vitrine para sua candidatura.
Segundo o partido, a expulsão “decorre de uma representação apresentada contra Sabino, que permaneceu no Governo Federal, em atitude contrária a uma determinação do partido anunciada em setembro envolvendo todos os filiados”.
Além disso, a liderança da legenda determinou que o diretório do Pará passará a ser presidido por uma Comissão Executiva Interventora. Há duas semanas, o Conselho de Ética do União Brasil já havia decidido expulsar Sabino por “infidelidade partidária”.
Após formar uma federação com o PP, o desembarque do União Brasil do governo Lula já era esperado, mas foi acelerado, segundo nota oficial do próprio partido, após a publicação de reportagens do Instituto Conhecimento Liberta (ICL) e do portal UOL sobre a suposta ligação do presidente do União, Antonio Rueda, a uma empresa de aviões que seriam utilizados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
Rueda nega a acusação e, na ocasião, sugeriu que o episódio teria tido a influência do governo. “Estou sendo alvo de ilações irresponsáveis e sem fundamento. Não há qualquer lastro fático. O que há, sim, é um pano de fundo político nestas leviandades que estão sendo orquestradas, usando-se uma operação policial séria, para atacar adversários”, disse o dirigente em 18 de setembro no X.
“Estou tomando todas as medidas cabíveis, para a proteção de meu nome e da reputação do Partido que presido, contra campanhas difamatórias”, acrescentou Rueda. O comunicado destacou que as notícias eram “infundadas, prematuras e superficiais” e “tentam atingir a honra e a imagem do nosso principal dirigente”.
O partido disse ainda que “causa profunda estranheza” que as reportagens tenham sido publicadas “poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no Governo Federal”.
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