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Trump quer que republicano desista da disputa por Nova York

Nova York recebe uma atenção especial do presidente americano, Donald Trump, não só por ser a maior cidade dos Estados Unidos, mas também porque o mandatário republicano nasceu na Big Apple e porque lá está localizada a sede da Trump Organization.

Trump tem se envolvido bastante na movimentação que antecede a eleição de 4 de novembro para prefeito em Nova York, que no fim de semana teve um acontecimento importante: o atual prefeito, Eric Adams, que é do Partido Democrata, mas que concorreria à reeleição de forma independente, desistiu da disputa.

A desistência de Adams, de quem Trump se aproximou devido ao apoio do democrata às suas políticas anti-imigração ilegal, ocorreu poucos dias depois de o presidente ter sugerido que o atual prefeito e Curtis Sliwa, candidato do Partido Republicano, deveriam abrir mão da disputa.

Trump afirmou que uma disputa polarizada entre dois democratas, o ex-governador Andrew Cuomo (que concorre de forma independente) e Zohran Mamdani, tornaria mais fácil a derrota deste último, cujas propostas causam urticária no presidente americano.

“Eu diria que Cuomo poderia ter uma chance de vencer se fosse um confronto direto”, disse Trump na semana passada, antes da desistência de Adams.

Dias antes, em entrevista à Fox News, Trump havia ridicularizado Curtis Sliwa, citando a paixão do candidato republicano por gatos.

“Sou republicano, mas Curtis não é exatamente um candidato ‘prime’”, afirmou. “Ele quer que haja gatos na Mansão Gracie [residência oficial do prefeito de Nova York]. Não precisamos de milhares de gatos lá.”

Na semana passada, Sliwa alegou que recebeu várias ligações de “emissários” de pessoas ricas que teriam lhe oferecido dinheiro para desistir da campanha. Em entrevista à WNBC, ele chamou tais propostas de “antiéticas e ilegais” e disse que se recebesse mais ofertas nesse sentido, começaria a revelar os nomes de quem fez esses pedidos.

Trump aposta suas fichas em Cuomo, um democrata moderado, porque ele é o adversário mais próximo de Mamdani nas pesquisas e porque, segundo um levantamento deste mês do jornal The New York Times em parceria com o instituto Siena, teria muito mais chances de vencer se Sliwa também desistisse da eleição.

De acordo com a pesquisa, num cenário com Sliwa e Adams (que ainda não havia desistido da disputa) ainda concorrendo, Mamdani tinha 46% das intenções de voto, contra 24% de Cuomo.

Caso apenas os dois permanecessem na corrida, a vantagem de Mamdani cairia para apenas quatro pontos percentuais (48% contra 44% de Cuomo).

Integrante da ala mais à esquerda do Partido Democrata, Mamdani promete congelar os aluguéis em Nova York caso seja eleito e acusou Israel de cometer “genocídio” na guerra na Faixa de Gaza. Ele nasceu em Uganda, tem 33 anos, é muçulmano e atualmente é deputado estadual em Nova York.

Quando Mamdani venceu as primárias do Partido Democrata, em junho, Trump disse que “os democratas cruzaram o último limite”.

“Zohran Mamdani, um lunático 100% comunista, acaba de vencer as primárias democratas e está a caminho de se tornar prefeito. Já tivemos esquerdistas radicais antes, mas isso está ficando um pouco ridículo”, escreveu Trump na rede Truth Social.

Nesta segunda-feira, o presidente voltou a criticar o candidato democrata e disse que vai bloquear recursos federais para Nova York caso Mamdani vença a eleição em novembro.

“Ele terá problemas com Washington como nenhum outro prefeito na história da nossa outrora grande cidade. Lembrem-se, ele precisa do meu dinheiro, como presidente, para cumprir todas as suas falsas promessas comunistas. Ele não receberá nada, então qual o sentido de votar nele? Essa ideologia sempre fracassou, por milhares de anos. Fracassará novamente, e isso é garantido!”, afirmou na Truth Social.

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