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Trump diz que Brasil “vai mal”, mas sinaliza encontro com Lula

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou por quase uma hora na 80ª reunião da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (23), logo após o tradicional discurso do Brasil, que foi lido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Caminhando para o final de seu longo pronunciamento, o republicano comentou sua relação com o governo brasileiro, citando uma “química” que teve com o homólogo brasileiro nos corredores da organização. Trump sinalizou que os dois líderes devem se encontrar na próxima semana.

“Eu estava entrando e o líder do Brasil estava saindo. Nos vimos, eu o vi, ele me viu, e nós nos abraçamos. E aí eu penso: ‘vocês acreditam que vou dizer isso em apenas dois minutos?’ Nós realmente combinamos de nos encontrar na próxima semana, se isso for de interesse. Não tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos”, detalhou o presidente americano durante o discurso.

“Tivemos uma boa conversa, ele pareceu um homem bom, na verdade gostaria de conhecê-lo. Eu só faço negócios com pessoas de quem gosto”, acrescentou.

Trump cita violações de liberdade no Brasil

Por outro lado, Trump renovou suas críticas ao Brasil em relação às violações que seu governo vem denunciando nos últimos meses.

De acordo com a autoridade americana, o país sul-americano enfrenta “grandes tarifas em resposta a seus esforços sem precedentes de interferir nos direitos e nas liberdades de nossos cidadãos [americanos] e de outros com censura, repressão, uso político das instituições, corrupção judicial e perseguição a críticos nos EUA”.

Na segunda-feira, o governo americano anunciou uma sanção contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), principal alvo das críticas de Washington ao Brasil.

Guerras, reconhecimento da Palestina e críticas à ONU

Trump tocou em vários assuntos-chave da política externa americana, incluindo guerras, imigração, combate às drogas e acordos comerciais.

Em determinado momento diante de autoridades internacionais, ele renovou suas críticas às Nações Unidas pela ineficácia em solucionar conflitos no mundo.

“É triste que eu tenha que fazer essas coisas em vez das Nações Unidas fazê-las”, disse o presidente americano, citando a participação dos Estados Unidos na mediação de pelo menos sete guerras ou conflitos ao redor do mundo, incluindo Israel e Irã; Camboja e Tailândia; Armênia e Azerbaijão; Kosovo e Sérvia; República Democrática do Congo e Ruanda; Paquistão e Índia; Egito e Etiópia.

“Infelizmente, em todos os casos, as Nações Unidas nem sequer tentaram ajudar em nada”, disse Trump. “Tudo o que consegui das Nações Unidas foi uma escada rolante na subida que parou bem no meio”, continuou o republicano, acrescentando que a ONU não estava presente quando o país precisou.

O presidente dos EUA questionou seu público sobre o propósito das Nações Unidas. Segundo ele, tudo o que a ONU faz é escrever “cartas com palavras fortes” e falar em “palavras vazias”.

O presidente americano acrescentou que “todo mundo” está pedindo que lhe concedam o Prêmio Nobel da Paz por causa de suas conquistas, mas afirmou que o que ele busca não são prêmios: “O que me importa não é ganhar prêmios, mas salvar vidas”.

Trump também defendeu as políticas migratórias em vigor nos Estados Unidos, citando as recentes operações no Caribe para deter o narcotráfico proveniente da Venezuela. “Vamos pegar vocês”, disse o presidente.

Trump sugere novas sanções contra a Rússia e apela pela libertação de reféns no Oriente Médio

O presidente Donald Trump fez novas ameaças de sanções contra a Rússia em seu discurso na ONU, condicionadas à suspensão por países europeus de todas as suas compras de petróleo e gás russos.

O americano disse ter descoberto há semanas que os países continuam comprando alguns produtos petrolíferos russos.

Trump também renovou as críticas a seu antecessor na presidência, Joe Biden, pela política externa em relação à Ucrânia. Ele também acusou China e Índia de serem os principais financiadores da invasão de Moscou.

O líder republicano aproveitou o pronunciamento para fazer um novo apelo pela libertação de reféns israelenses da Faixa de Gaza. “Queremos todos os reféns de volta”, declarou Trump, pressionando os aliados dos EUA que estão reconhecendo um Estado palestino a se unirem para pressionar o Hamas.

Trump fez menção ao ataque americano a instalações nucleares no Irã ao falar sobre a prioridade de seu governo em interromper a produção de armas nucleares. “Hoje, a maioria dos comandantes militares do Irã não está mais conosco; eles estão mortos”, enfatizou.

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