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Trump diz que ajuda dos EUA impulsionou vitória de Milei na Argentina | Mundo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (27) que a vitória do partido do presidente da Argentina, Javier Milei, nas eleições de meio de mandato teve “muita ajuda” americana, em referência ao resgate de US$ 40 bilhões oferecido pelo governo do republicano ao país sul-americano.

Falando durante uma viagem à Ásia, Trump elogiou o que chamou de uma vitória “grande e inesperada”, acrescentando que ela foi “uma coisa ótima”.

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“Foi uma grande vitória”, disse Trump a jornalistas a bordo do Air Force, referindo-se ao fato de o partido de Milei, La Libertad Avanza (Liberdade Avança, em português), ter conquistado a maioria dos votos em uma eleição vista como uma avaliação de suas medidas agressivas para reformar a economia argentina, há muito tempo em crise.

“Ele teve muita ajuda nossa. Teve muita ajuda. Eu dei a ele um endosso, um endosso muito forte”, disse Trump, creditando alguns de seus principais assessores, incluindo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, que supervisionou a assistência financeira à Argentina depois que o peso despencou em meio à derrota do partido de Milei em uma votação provincial crucial no mês passado.

“Estamos permanecendo ao lado de muitos países da América do Sul. Focamos muito na América do Sul”, acrescentou Trump.

O resultado dá a Milei um mandato para continuar avançando com sua reforma radical da economia, apesar do descontentamento com suas duras medidas de austeridade.

O apoio de Trump a Milei antes da votação incluiu um swap de US$ 20 bilhões já assinado e uma proposta de linha de investimento em dívida de outros 20 bilhões.

“Ganhamos muito dinheiro com base nessa eleição, porque os títulos subiram. Toda a classificação de crédito deles melhorou”, disse Trump.

Tratava-se de uma aposta em um país que havia dado calote em suas obrigações financeiras diversas vezes nas últimas décadas. O país ainda deve US$ 55 bilhões de dólares ao FMI.

Bessent, que viajava com Trump, descreveu a assistência como uma “ponte” para ajudar o projeto econômico de Milei.

A Fitch Ratings disse na quarta-feira que o apoio dos EUA aos mercados argentinos impediu um rebaixamento da classificação de crédito do país, mas que a Argentina precisava de um plano mais amplo para reconstruir suas reservas cambiais a fim de conquistar uma elevação da nota.

Até a última terça-feira, o peso argentino havia caído para uma mínima histórica. Os títulos estavam em queda, à medida que investidores se preparavam para a eleição.

Bessent sugeriu nesta segunda-feira que os EUA possam reduzir suas intervenções. “Agora acho que o mercado vai se ajustar sozinho e terá muita confiança nas políticas dele [de Milei]”, disse o chefe do Tesouro.

Bessent reiterou que o apoio financeiro dos EUA foi pensado como uma “ponte” para o período após as eleições.

Donald Trump e Javier Milei — Foto: Mark Schiefelbein/AP Photo

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