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Trump determina tarifas adicionais para caminhões, picapes grandes e ônibus | Mundo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (17) decretos que estabelecem tarifas de 25% sobre caminhões importados de médio e grande porte, incluindo picapes grandes e caminhões de carga pesada. A medida entra em vigor em 1º de novembro.

Trump também anunciou uma tarifa de 10% sobre ônibus importados.

Com essas novas tarifas, praticamente todas as categorias de veículos não fabricados nos Estados Unidos estarão sujeitas a tarifas mais altas do que quando o presidente assumiu o cargo.

Muitos desses veículos já eram fabricados nos EUA, mas alguns vêm de países como o México, incluindo picapes grandes feitas pela Ram, uma unidade da Stellantis.

As peças para esses caminhões também enfrentarão tarifas mais altas, como já ocorre com peças de automóveis, embora algumas isenções se apliquem.

Para compensar o impacto das tarifas de importação de peças, Trump tornou as montadoras elegíveis para um crédito equivalente a 3,75% do preço de varejo sugerido para veículos montados nos EUA até 2030.

O governo também está estendendo o crédito de compensação para a produção de motores e para a fabricação de caminhões médios e pesados no país.

Além disso, a administração ampliou uma isenção parcial de tarifas para peças importadas, reconhecendo que é muito difícil fabricar veículos sem alguns componentes estrangeiros. A isenção, originalmente anunciada em abril, valerá por cinco anos em vez de dois, ou seja, bem depois do fim do mandato de Trump. Ela permite que os fabricantes evitem tarifas sobre peças importadas que representem até 15% do valor de um veículo. Um programa semelhante será criado para caminhões.

Algumas montadoras, incluindo a Ford Motor, elogiaram o anúncio do presidente, afirmando que tornará o comércio de veículos grandes mais justo. Sob as tarifas anteriores, ainda poderia ser mais barato fabricar um caminhão no México do que em Kentucky ou Ohio.

Empresas que já fabricam a maioria de seus veículos nos Estados Unidos provavelmente se beneficiarão das novas tarifas, enquanto empresas como a Stellantis, que produzem muitos caminhões no México ou em outros lugares, podem ser prejudicadas.

As novas tarifas não se aplicarão a países que já negociaram acordos comerciais com os Estados Unidos –por exemplo, Japão e Coreia do Sul. Os veículos desses países estão sujeitos a tarifas de 15%.

Há também uma isenção parcial para veículos fabricados no México ou Canadá. As montadoras não precisam pagar tarifas sobre motores e outros componentes fabricados nos Estados Unidos e depois instalados em veículos montados e importados desses países.

Autoridades da Casa Branca insistiram que as mais recentes medidas de política comercial não afetarão os consumidores, que enfrentam preços recordes de carros. Um alto funcionário da Casa Branca disse a repórteres em uma coletiva na sexta-feira que o governo não esperava ver aumentos de preços como resultado das tarifas.

Em vez disso, as tarifas criarão condições equitativas de concorrência e incentivarão as empresas a criar empregos nos Estados Unidos, disse o funcionário.

Em comunicado, a Casa Branca afirmou: “O presidente Trump está fortalecendo a capacidade da América de fabricar caminhões de médio e grande porte e peças essenciais, o que é vital para a prontidão militar da América, capacidades de resposta a emergências e infraestrutura crítica para a atividade econômica”.

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