O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os reféns de Israel serão libertados na próxima segunda-feira (13) e que “Gaza será reconstruída”.
Em entrevista à rede de televisão Fox News, logo depois do anúncio desta quarta-feira (8), Trump disse que Israel “não pode brigar contra o mundo” e que “eles entendem isso”, em referência à primeira fase do plano de paz acordada com o Hamas, que inclui a libertação de reféns e de prisioneiros palestinos, assim como a retirada paulatina das tropas israelenses de Gaza.
“O mundo está unido para conseguir este acordo”, declarou Trump, citando o Irã como um dos países que “abençoaram” a iniciativa.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou no entanto que um cessar-fogo em Gaza entrará em vigor apenas depois que o governo aprovar o acordo alcançado em Sharm El Sheikh. Ele informou que reunirá seus membros para ratificar o plano, agradecendo Trump pelo compromisso para libertar os reféns em poder do Hamas.
“Um grande dia para Israel. Amanhã [esta quinta-feira] convocarei o governo para ratificar o acordo e trazer para casa todos os nossos preciosos reféns”, disse Netanyahu em um comunicado distribuído por seu gabinete na madrugada desta quinta-feira, pouco depois de Trump anunciar a assinatura do acordo.
O anúncio ocorreu poucas horas depois do presidente americano confirmar oficialmente a assinatura de uma primeira fase do acordo de paz para Gaza, elaborado com o apoio de Egito, Catar, Turquia e Estados Unidos e respaldado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O pacto contempla um cessar-fogo imediato e o início de um processo de reconstrução e normalização das relações na região.
O presidente americano cogita receber o Prêmio Nobel da Paz por sua mediação neste e em outros conflitos desde que ele reassumiu a presidência americana. O vencedor da edição deste ano será anunciado nesta sexta-feira (10).
Famílias de reféns em Gaza recebem acordo com emoção e preocupação
As famílias dos reféns em poder do Hamas na Faixa de Gaza receberam a notícia da assinatura da primeira fase do acordo de paz entre Israel e o grupo terrorista com uma mistura de otimismo e preocupação, e pediram que o governo de Netanyahu o ratifique o mais rápido possível.
Em comunicado, o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas comemorou a assinatura do acordo entre Israel e Hamas que resultará na libertação dos 48 reféns em Gaza, dos quais cerca de 20 estão vivos, segundo as estimativas.
“O governo israelense deve se reunir imediatamente para aprovar o acordo. Qualquer atraso poderá ter graves consequências para os reféns e os soldados”, diz a nota.
O texto destaca que o acordo devolverá todos os reféns, “os vivos para sua reabilitação com suas famílias, e os falecidos para um enterro digno em sua pátria”.
“Isso representa um avanço importante e significativo para o retorno de todos, mas nossa luta não terminou e não terminará até que volte o último refém”, acrescentaram as famílias.
Elas expressaram a “profunda gratidão” ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a sua equipe “pela liderança e determinação que levaram a este avanço histórico: o fim da guerra e um acordo integral para o retorno de todos os reféns”.
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