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Trump ameaça China com novo aumento de tarifas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (10) que não vê mais motivos para se reunir com o ditador chinês, Xi Jinping, e ameaçou com um “aumento massivo” nas tarifas sobre produtos chineses em resposta ao que ele chamou de tentativas do gigante asiático de “impor controles de exportação” sobre terras raras.

Em uma longa mensagem na plataforma Truth Social, o presidente americano afirmou que a China “está se tornando muito hostil e está enviando cartas a países de todo o mundo para anunciar que deseja impor controles de exportação a todos os produtos relacionados a terras raras e a praticamente qualquer outra coisa que possa imaginar”.

De acordo com o mandatário dos EUA, essa medida “congestionaria os mercados e dificultaria a vida de praticamente todos os países, especialmente da China”, e disse que várias nações já entraram em contato com Washington “indignadas com essa hostilidade comercial”.

“Não falei com o presidente Xi porque não havia motivo para isso. Foi uma verdadeira surpresa, não apenas para mim, mas para todos os líderes do mundo livre. Eu estava programado para me reunir com o presidente Xi em duas semanas na Apec [Cooperação Econômica Ásia-Pacífico] na Coreia do Sul, mas agora parece não haver motivo para isso”, disse Trump.

O republicano anunciou que, dependendo da resposta da China, os Estados Unidos “combaterão” suas ações. “Para cada produto que eles conseguirem monopolizar, teremos dois”, advertiu.

“Uma das políticas que estamos calculando neste momento é um aumento massivo das tarifas sobre os produtos chineses que entram nos Estados Unidos”, acrescentou.

No seu primeiro mandato (2017-2021), Trump iniciou uma guerra tarifária com a China, que foi mantida pelo seu sucessor, Joe Biden (2021-2025), e intensificada quando o republicano voltou à Casa Branca, em janeiro deste ano.

Após o governo Trump impor tarifas extras sobre importações da China, Pequim retaliou, o que levou a uma escalada nas taxas. Os Estados Unidos elevaram para 145% as tarifas sobre as compras que fazem da China, enquanto os chineses aplicaram 125% sobre produtos americanos.

Em maio, após um encontro entre representantes dos dois países em Genebra, as duas maiores economias do mundo informaram que chegaram a um acordo no qual as taxas americanas sobre importações da China foram reduzidas para 30% durante 90 dias, enquanto Pequim baixou suas taxas sobre produtos americanos para 10%. Em agosto, a “trégua” foi renovada por mais 90 dias.

Trump e Xi conversaram por telefone em 18 de setembro, quando aprovaram um acordo preliminar para permitir que o TikTok continue operando nos Estados Unidos e na ocasião concordaram em se reunir no final de outubro na Coreia do Sul, durante a cúpula dos líderes da Apec.

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