O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou nesta segunda-feira (29) o Irã caso o país retome seu programa nuclear ao receber o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em sua residência na Flórida para reuniões sobre as negociações da guerra em Gaza.
O alerta ocorre depois de Trump ter insistido que as capacidades nucleares de Teerã foram “completamente obliteradas” por ataques dos EUA a instalações-chave de enriquecimento nuclear em junho. Autoridades israelenses, no entanto, foram citadas pela imprensa local expressando preocupação com a reconstrução, pelo Irã, de seu estoque de mísseis de longo alcance capazes de atingir Israel.
“Agora estou ouvindo que o Irã está tentando se reerguer novamente”, disse Trump ao lado de Netanyahu. “E, se estiverem, vamos ter que derrubá-los de novo. Nós vamos derrubá-los. Vamos acabar com eles. Mas espero que isso não esteja acontecendo.”
O aviso de Trump ao Irã ocorre enquanto o presidente busca criar novo impulso para o cessar-fogo entre Israel e Hamas mediado pelos EUA. O acordo em Gaza corre o risco de empacar antes de alcançar sua complexa segunda fase, que envolveria a definição de um órgão internacional de governo e a reconstrução do território palestino devastado.
Durante uma coletiva após a reunião, Trump disse que quer chegar à segunda fase do acordo para Gaza “o mais rápido possível”. “Mas é preciso haver o desarmamento do Hamas”.
O cessar-fogo entre Israel e Hamas defendido por Trump tem se mantido em grande parte, mas o progresso desacelerou recentemente. Ambos os lados se acusam mutuamente de violações, e surgiram divergências entre EUA, Israel e países árabes sobre o caminho a seguir.
Segundo Trump, ele e Netanyahu não concordam plenamente sobre a questão da Cisjordânia ocupada por Israel, embora o presidente americano não tenha detalhado qual seria a divergência. “Tivemos uma discussão, uma grande discussão por muito tempo sobre a Cisjordânia. E eu não diria que concordamos 100% sobre a Cisjordânia, mas vamos chegar a uma conclusão”, disse.
A primeira fase da trégua começou em outubro, poucos dias após o segundo aniversário do ataque inicial liderado pelo Hamas contra Israel, que matou cerca de 1.200 pessoas. Todos, exceto um, dos 251 reféns levados naquela ocasião já foram libertados, vivos ou mortos.
O líder israelense, que também se reuniu os secretários de Estado. Marco Rubio, e o de Defesa. Pete Hegseth, sinalizou que não tem pressa para avançar para a próxima fase enquanto os restos mortais do refém Ran Gvili ainda estiverem na Faixa de Gaza.
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