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Sete líderes do Comando Vermelho do RJ são transferidos para presídios federais

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Sete chefes do tráfico de drogas ligados ao Comando Vermelho foram transferidos nesta quarta (12) do Rio de Janeiro para presídios federais de segurança máxima. As transferências foram pedidas pelo governo do estado no dia da megaoperação policial nas comunidades da Penha e do Alemão que vitimou 121 pessoas, a maioria delas ligada à facção, segundo as autoridades, e autorizadas na semana passada pela Justiça fluminense.

Os detentos estavam abrigados no presídio estadual de Bangu 1, no Complexo de Gericinó, e foram encaminhados até o Aeroporto do Galeão sob forte escolta policial, onde embarcaram em um avião da Polícia Federal. O destino dos presos não foi divulgado.

“Sete presos já começaram a ser transferidos para presídios federais. Com essas novas remoções, já são 42 líderes criminosos transferidos do Rio de Janeiro no meu governo. O enfrentamento ao crime é permanente. Não vamos permitir que o Rio de Janeiro vire um resort do crime”, disse o governador Cláudio Castro (PL-RJ) em uma rede social:

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À Gazeta do Povo, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) confirmou as transferências autorizadas pelo juiz Rafael Estrela Nóbrega, titular da Vara de Execuções Penais (VEP).

“A inclusão em estabelecimento federal de segurança máxima visa, precisamente, a interromper a comunicação ilícita entre o preso e sua organização criminosa, garantindo a segregação qualificada e restabelecendo a efetividade da função preventiva e repressiva da pena”, afirmou o magistrado na decisão.

Foram transferidos para presídios federais os detentos:

  • Roberto de Souza Brito, conhecido como “Irmão Metralha” – atua no Complexo do Alemão, condenado a 50 anos de prisão;
  • Arnaldo da Silva Dias, o “Naldinho” – atua em Resende e é o administrador da “caixinha” do CV, condenado a 81 anos de prisão;
  • Alexander de Jesus Carlos, o “Choque” – traficante do Complexo do Alemão, condenado a 34 anos de prisão;
  • Marco Antônio Pereira Firmino, o “My Thor” – do Morro Santo Amaro e integra a comissão da facção, coneenado a 35 anos de prisão;
  • Fabrício de Melo de Jesus, o “Bicinho” – de Volta Redonda e integra a comissão da facção, condenado a 65 anos de prisão;
  • Carlos Vinícius Lírio da Silva, o “Cabeça do Sabão” – da comunidade do Sabão, em Niterói, condenado a 60 anos de prisão;
  • Eliezer Miranda Joaquim, o “Criam” – chefe da facção na Baixada Fluminense, condenado a 100 anos de prisão.

Imagens registradas pela imprensa fluminense mostram um forte esquema policial de escolta dos detentos de Bangu 1 para o aeroporto, com muitas viaturas em comboio e agentes com armas em punho. A transferência faz parte de uma estratégia para enfraquecer a comunicação entre líderes e demais integrantes da facção.

“As vagas solicitadas pelo governo estadual foram pronta e integralmente atendidas pela Senappen no dia 28 de outubro. As transferências ocorrem conforme o rito processual estabelecido com o Poder Judiciário, que analisa individualmente cada pedido e autoriza a inclusão dos presos nas unidades federais. A operação desta quarta-feira contempla os sete custodiados já autorizados judicialmente”, disse o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em nota à reportagem.

De acordo com a pasta, o Rio de Janeiro passa a ser o estado com o maior número de presos sob custódia federal, totalizando 66 detentos de alta periculosidade. Somente neste, afirma o ministério, 19 criminosos foram inseridos no Sistema Penitenciário Federal (SPF).

“A transferência é executada sob o mais alto padrão de segurança, com planejamento detalhado e coordenação da Polícia Penal Federal. Por razões de segurança, não são divulgadas informações adicionais sobre a operação no momento. Nas penitenciárias federais, cada preso ocupa cela individual e não tem contato com outros custodiados, permanecendo 22 horas por dia em regime de isolamento e duas horas de banho de sol, sob monitoramento permanente de policiais penais federais e sistemas de vigilância eletrônica”, seguiu a pasta.

O SPF é um regime de execução penal voltado ao combate do crime organizado, com objetivo de isolar as lideranças criminosas e os presos de alta periculosidade. Atualmente, existem 5 penitenciárias federais no Brasil, classificadas como presídios de segurança máxima: Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS), Brasília (DF) e Catanduvas (PR).

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