O secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, deu novos detalhes sobre o anúncio do presidente Donald Trump na semana passada, autorizando o Departamento de Guerra a realizar “testes nucleares”.

No domingo, Wright informou em entrevista à emissora Fox News que essas ações não envolverão explosões nucleares, mas testarão “outras partes de uma arma nuclear” para, segundo ele, “garantir que estejam funcionando corretamente” em caso de ameaça.

“Acho que os testes de que estamos falando agora são testes de sistemas”, disse ele ao programa The Sunday Briefing, da Fox News. “Não são explosões nucleares. São o que chamamos de explosões não críticas”.

Ao contrário do que muitos estão pensando, disse o secretário de Energia, os cidadãos de Nevada – onde os Estados Unidos mantêm um local próprio para testes nucleares – não devem esperar ver uma “nuvem em forma de cogumelo”, uma referência ao desenho de uma explosão nuclear.

Na quarta-feira passada, Trump anunciou momentos antes de seu reunir com o ditador da China, Xi Jinping, que estava autorizando o Pentágono a conduzir testes com armas nucleares, visto que outros países estavam fazendo o mesmo, segundo o republicano.

“Nós interrompemos isso há anos – muitos anos – mas, como outros países estão realizando testes, acho apropriado que nós também façamos”, afirmou o líder da Casa Branca antes da reunião com Xi.

Apesar das declarações do secretário de Energia, Trump disse em entrevista divulgada na noite de domingo pela emissora CBS que Rússia e China já realizam esse tipo de teste em segredo, apesar de não existirem informações que comprovem isso. Por esse motivo, os Estados Unidos farão o mesmo.

A última detonação nuclear subterrânea dos Estados Unidos ocorreu em setembro de 1992, em Nevada. Desde então, Washington realizou simulações e testes computacionais nos quais o dispositivo não atinge a massa crítica necessária para uma reação nuclear em cadeia.