O Reino Unido está pressionando os Estados Unidos sobre tarifas farmacêuticas na esperança de um resultado benéfico, depois que o presidente americano, Donald Trump, disse que uma nova tarifa de 100% se aplicaria às empresas, a menos que estabelecessem a fabricação no país.
Trump disse que as tarifas se aplicariam a qualquer produto farmacêutico de marca ou patenteado a partir de 1º de outubro, a menos que a empresa já tivesse iniciado a construção de uma fábrica nos Estados Unidos. Ele não mencionou se elas se somariam às tarifas nacionais já existentes.
“Sabemos que isso será motivo de preocupação para o setor, e é por isso que temos nos engajado ativamente com os EUA e continuaremos a fazê-lo nos próximos dias”, disse um porta-voz do governo britânico.
“Setores como o farmacêutico são fundamentais para a nossa economia. Por isso continuaremos, a pressionar os EUA por resultados que reflitam a força do nosso relacionamento e tragam benefícios reais para a indústria britânica”, acrescenta.
Em maio, o Reino Unido assegurou o primeiro acordo tarifário com Trump, embora tenha sido apenas parcialmente implementado. No âmbito do acordo, os países disseram que pretendiam negociar “resultados de tratamento significativamente preferencial em relação a produtos farmacêuticos”. O governo britânico também prometeu tentar melhorar o “ambiente geral” para as empresas farmacêuticas.
Trump tem pressionado a Europa a pagar mais pelos medicamentos americanos, e grandes companhias farmacêuticas interromperam investimentos na Grã-Bretanha, citando um ambiente operacional difícil.
O ministro britânico da Ciência, Patrick Vallance, reconheceu que o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do país precisa reverter a tendência de queda nos gastos com medicamentos. Grandes farmacêuticas britânicas, como AstraZeneca e GlaxoSmithKline, têm fábricas nos Estados Unidos e já anunciaram novos investimentos.
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