O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o primeiro representante entre os 193 países-membros a discursar no Debate Geral da 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira, com início do evento às 10h. A fala de Lula será transmitida pelas plataformas da ONU e do Governo Federal.
A UN Web TV (Web TV das Nações Unidas) mostrará o discurso do presidente brasileiro pelo YouTube e também pelo site.
Já o governo brasileiro transmitirá o discurso através do CanalGov, disponível no YouTube, na televisão aberta (veja neste link como sintonizar o canal em cada estado) e em TVs por assinatura.
O Debate Geral será iniciado com as apresentações de Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, e Annalena Baerbock, presidente da Assembleia Geral e ex-ministra das relações exteriores da Alemanha.
Após essas falas, o Brasil, desde 1955 (exceto em 1983 e 1984), segue a tradição de ser o primeiro país-membro a se manifestar. Em seguida, será a vez do presidente americano Donald Trump, por conta de os Estados Unidos abrigarem a sede da ONU (localizada na cidade de Nova York).
Em seguida, outros países-membros falarão em ordem “baseada no nível de representação, preferência e outros critérios, como o equilíbrio geográfico”, segundo estabelece a ONU.
Essa reunião tem o objetivo de reunir as nações afiliadas da ONU para discutir questões de relevância global e faz parte da programação da Assembleia Geral, evento que acontece anualmente.
Neste ano, o tema da Assembleia Geral será “Melhor juntos: 80 anos e mais pela paz, desenvolvimento e direitos humanos”. A ONU destaca nessa edição “a urgência de cumprir a promessa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e de revitalizar a cooperação global”.
O que Lula deve falar em seu discurso?
Segundo apurou o Valor, Lula deve fazer um discurso reforçando as diferenças de seu governo com o presidente americano, mas sem citar Trump nominalmente. Veja quais temas devem ser abordados por Lula em sua fala:
- Multilateralismo, em que defenderá que a Organização Mundial do Comércio (OMC) precisa atuar sem a “intervenção” dos EUA;
- Condenação do uso de tarifas, criticando a estratégia geopolítica da Casa Branca de imposição tarifas a países;
- Soberania Nacional, em que fará defesa das instituições nacionais, como o Supremo Tribunal Federal (STF);
- Crítica da decisão dos EUA de revogar vistos da Autoridade Palestina, o que impede esses representes de participarem da Assembleia Geral;
- Mudanças climáticas e COP 30 (evento da ONU que será realizado em Belém, em novembro deste ano).
*Estagiário sob supervisão de Diogo Max
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