São João de Meriti vive um dos momentos mais delicados de sua história recente. Além da expansão territorial e financeira do Comando Vermelho, revelada por investigações da Polícia Civil, o município enfrenta uma crise fiscal profunda, com estado de calamidade pública decretado devido a dívidas bilionárias. Mesmo diante disso, o prefeito Léo Vieira (Republicanos) segue sem se posicionar sobre os dois temas mais sensíveis que afetam diretamente a população.
O decreto de calamidade está em vigor e, segundo fontes internas, deve ser renovado novamente em janeiro, já que o rombo nas contas municipais não foi reduzido e novas atualizações do Meriti-Previ podem até dobrar o passivo existente. Essa combinação — crise financeira e avanço do crime organizado — forma um cenário de alerta máximo para a cidade.
Uma triste realidade que a gestão municipal evita encarar publicamente.
A prisão de Marquinho Aquino e o silêncio do poder público
No meio desse colapso administrativo, o vereador Marquinho Aquino (Republicanos) foi preso durante a Operação Contenção, que investigou núcleos do Comando Vermelho na Baixada Fluminense. Ele foi detido em flagrante após a polícia encontrar:
- uma arma de fogo calibre .380, registrada em nome de outra pessoa,
- caixas de medicamentos controlados, sem explicação de origem ou destino,
- tudo isso dentro do carro oficial da Câmara Municipal, dirigido por ele.
A defesa do vereador alegou “perseguição política” e afirmou que ele “não era alvo da ação”, mas os fatos registrados no flagrante são objetivos e constam no procedimento policial.
A postura do Republicanos
Mesmo com um vereador preso e com o nome da cidade envolvido em uma operação de combate ao crime organizado, o Republicanos não divulgou nenhuma nota oficial. Nenhuma linha. Nenhuma explicação.
O silêncio do partido é tão impactante quanto a falta de posicionamento do prefeito Léo Vieira, seu principal correligionário na cidade.
O prefeito evita comentar o tema — de novo
Meses atrás, o Jornal de Meriti já havia publicado uma matéria questionando por que Léo Vieira evita falar sobre o Comando Vermelho. Agora, com uma prisão dentro do próprio partido e a cidade vivendo uma calamidade financeira, o silêncio se tornou ainda mais desconfortável e politicamente inquietante.
A administração municipal não comenta:
- o avanço da facção,
- a operação policial,
- a prisão do vereador,
- o colapso financeiro do município,
- e a renovação do decreto de calamidade pública prevista para janeiro.
Esse conjunto de omissões alimenta preocupações legítimas de moradores, especialistas e autoridades estaduais.
Meriti entre o crime e o colapso fiscal
Enquanto o município afunda em dívidas bilionárias — sem plano de recuperação divulgado — a facção se fortalece em regiões estratégicas. O TRE-RJ, inclusive, monitora áreas de influência criminosa em zonas eleitorais da Baixada e considera que isso deve impactar as eleições de 2026.
Ou seja:
a cidade está vulnerável no caixa, vulnerável na segurança e vulnerável politicamente.
A população percebe o risco. Apesar disso, as lideranças que deveriam responder permanecem caladas.
A cidade pede respostas — não silêncio
Numa Meriti em calamidade, sem transparência sobre a dívida, com facções avançando e com um vereador do partido do prefeito preso com arma e remédios controlados:
o silêncio não é mais apenas incômodo — é perigoso.
O Jornal de Meriti continuará cobrando explicações do prefeito Léo Vieira, do Republicanos e das autoridades competentes. Seguiremos ouvindo os moradores e registrando cada detalhe dessa fase crítica da cidade.
A voz do povo será mantida — principalmente quando o poder público escolhe se calar.
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