O Partido Progressistas (PP) passou a admitir publicamente a possibilidade de lançar uma candidatura própria ao Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2026. O partido cobra publicamente apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). O movimento ocorre em meio a queixas internas sobre a relação do governo estadual com a legenda e à insatisfação com o que o partido classifica como falta de apoio ao projeto eleitoral do PP no estado.
De acordo com O Globo, em nota divulgada no sábado (27), o diretório estadual da sigla afirma que há um “crescente descontentamento” entre prefeitos progressistas com a atual gestão paulista. O texto menciona reclamações recorrentes de parlamentares sobre dificuldades de comunicação. Além de falta de atenção por parte do governo e um distanciamento entre a administração estadual e a direção do partido, tanto no âmbito estadual quanto nacional. Atualmente, o PP conta com 54 prefeitos em São Paulo.
A insatisfação ganhou força após o partido cobrar apoio do governador à candidatura do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) ao Senado. Derrite deixou o cargo de secretário de Segurança Pública em novembro para retornar à Câmara dos Deputados. Ele atua como relator da PEC da Segurança Pública, e para se dedicar ao projeto eleitoral de 2026. Derrite era filiado ao PL quando entrou no governo paulista, mas neste ano migrou para o Progressistas.
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Diante desse cenário, o PP passou a discutir internamente nomes que poderiam representar a legenda em uma eventual disputa pelo governo estadual, mesmo com Tarcísio já tendo se colocado como candidato à reeleição.
Entre os nomes citados está o de Filipe Sabará, que já ocupou cargos de secretário nas gestões municipal e estadual de João Doria e atualmente auxilia o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na aproximação com empresários da Faria Lima. Outro nome lembrado é o do deputado federal Ricardo Salles, atualmente filiado ao Novo.
Na avaliação interna do partido, a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República reforça a estratégia do PP de buscar um governador em São Paulo mais alinhado ao projeto nacional da sigla.Segundo a legenda, essa sintonia poderia facilitar a formação e a sustentação das chapas proporcionais para deputado federal e estadual em um dos maiores colégios eleitorais do país.
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