Autoridades policiais de Hong Kong informaram nesta quinta-feira (27) que suspeitam de negligência por parte da empreiteira responsável pelo complexo habitacional que sofreu um incêndio de grandes proporções nesta semana. Até o momento, mais de 70 mortes foram confirmadas.
O incêndio, registrado na tarde de quarta-feira, devastou sete dos oito blocos de 31 andares que compõem o complexo Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po, e se tornou o pior incêndio urbano de Hong Kong em 30 anos.
As chamas começaram em um dos edifícios e se propagaram com extrema rapidez. Os andaimes de bambu recobertos com telas de segurança usados no local para um reforma, bem como as lonas impermeáveis e placas de poliestireno expandido são fatores que contribuíram para a expansão da tragédia, segundo os investigadores.
A polícia deteve dois diretores e um consultor de engenharia da empreiteira responsável pelas obras, acusados de homicídio culposo pelo uso de materiais que teriam facilitado a rápida extensão do fogo. Além disso, agentes revistaram nesta quinta-feira os escritórios da empresa administradora do complexo e a residência de um dos suspeitos, enquanto a investigação sobre a origem do incêndio continua.
A catástrofe supera amplamente o saldo do incêndio do edifício comercial Garley, ocorrido em 1996 em Kowloon, que deixou 41 mortos e que até agora era considerado o pior incidente deste tipo em mais de três décadas.
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