O Senado dos Estados Unidos não conseguiu, na 11ª tentativa, aprovar uma lei de financiamento do governo, o que fez a paralisação da gestão federal completar 20 dias nesta segunda-feira (20).

Segundo informações da emissora CNN, foram 50 votos a favor da proposta e 43 contra. Pela regra da chamada filibuster, apenas projetos a partir de 60 votos favoráveis avançam no Senado.

Ou seja, mesmo tendo maioria na casa, com 53 cadeiras, o Partido Republicano precisa de votos da oposição para aprovar uma proposta para dar fim ao chamado shutdown, quando apenas serviços essenciais do governo americano estão em funcionamento.

O impasse reside no fato de que os democratas querem que a lei de financiamento do governo federal inclua uma extensão dos subsídios para que famílias de baixa renda paguem planos de saúde.

Os republicanos, por outro lado, só aceitam discutir a extensão dos benefícios se a paralisação do governo federal acabar e querem uma lei de financiamento provisória, com validade até 21 de novembro.

Nesta segunda-feira, um deputado republicano, Chip Roy, defendeu que seu partido vote pelo fim da filibuster. Os republicanos historicamente se opõem à derrubada da barreira, pois a consideram útil para bloquear projetos no Senado quando os democratas têm maioria na casa.

Entretanto, no seu primeiro mandato (2017-2021), Trump defendeu o fim da filibuster. “Olha, eu gosto de poder bloquear coisas ruins [projetos de lei] com [a regra que exige] 60 votos, não me entenda mal, mas sinto que é o único caminho [para encerrar o shutdown]”, disse Roy.

“Acho que os republicanos deveriam analisar bem a barreira de 60 votos, pois acho que estamos apenas nos prendendo a um sistema falido no momento”, argumentou.