Emissoras de Espanha, Holanda e Irlanda decidiram boicotar o Eurovision 2026 após a União Europeia de Radiodifusão (UER) rejeitar uma votação que poderia excluir Israel do concurso musical. Segundo informações divulgadas pela própria UER após sua assembleia geral desta quinta-feira (4), a maioria das emissoras associadas aprovou reformas internas da competição e considerou desnecessário realizar um voto específico sobre a participação de Israel.
De acordo com a UER, 68 emissoras de 56 países foram consultadas sobre as mudanças propostas – que incluem a redução do peso do televoto, o retorno dos júris de especialistas nas semifinais e ajustes técnicos para aumentar a segurança contra tentativas de fraude. Uma “maioria esmagadora”, conforme comunicado da organização, declarou-se satisfeita com as reformas e rejeitou discutir a exclusão israelense do evento.
Após o resultado, as emissoras públicas RTVE (Espanha), AVROTROS (Holanda) e RTÉ (Irlanda) anunciaram que não participarão do Eurovision em 2026, conforme já haviam sinalizado caso Israel fosse mantido na competição. Também é esperado, segundo a imprensa europeia, que Eslovênia (RTV Slovenija) e Islândia (RÚV) se retirem da edição pelos mesmos motivos.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, reagiu nas redes sociais ao boicote das emissoras. Em mensagem publicada no X, Saar disse que tem “vergonha dos países que decidiram boicotar um concurso musical como o Eurovision devido à participação de Israel. A vergonha pesa sobre eles”. Saar também celebrou a decisão da UER de manter Israel no evento.
O presidente israelense, Isaac Herzog, também elogiou o resultado da votação. Segundo ele, a decisão representa “solidariedade, companheirismo e cooperação” entre os países que defenderam a permanência de Israel, reforçando – de acordo com sua declaração pública – o papel da cultura como espaço de aproximação entre nações.
@jornaldemeriti – Aqui você fica por dentro de tudo.
Fala com a gente no WhatsApp: (21) 97914-2431

