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ONG rebate ONU e culpa regime comunista pela miséria em Cuba

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A organização Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) rebateu nesta terça-feira (25) as declarações da relatora especial da ONU para medidas coercitivas unilaterais, Alena Douhan, que apontou o embargo dos Estados Unidos como fator central do agravamento da crise humanitária em Cuba.

De acordo com o OCDH, “a miséria que hoje vive Cuba se deve ao fracasso do sistema político e econômico comunista, e não às medidas de outros países”. A entidade afirmou, em carta enviada à relatora após sua visita à ilha, que apenas 3% dos cubanos atribuem seus problemas ao embargo americano, enquanto a desaprovação à gestão econômica e social do regime de Havana chega a 92%. Os dados citados pela ONG pertencem ao 8º Estudo sobre o Estado dos Direitos Sociais em Cuba, divulgado em setembro.

Conforme destacou o OCDH, o regime comunista prioriza setores estratégicos ligados ao turismo, como a construção de hotéis, enquanto áreas essenciais como saúde e abastecimento enfrentam colapso. A organização questionou por que “o embargo não afeta essas atividades, mas segundo o governo afeta a compra de material médico e alimentos”, citando contradições que, para a ONG, expõem falhas de gestão e prioridades distorcidas.

A entidade também criticou o modelo de exportação de serviços médicos, descrito como um “negócio lucrativo” que, além de violar direitos trabalhistas dos profissionais, reduz o número de médicos disponíveis na atenção básica. A ONG lembrou ainda que empresas estatais como a BioCubaFarma concentram esforços em vender medicamentos para o exterior, enquanto medicamentos básicos faltam em hospitais e farmácias da ilha.

Segundo o OCDH, o regime cubano “nega repetidamente” a entrada de relatores da ONU responsáveis por temas como liberdade de expressão, detenção arbitrária, execuções extrajudiciais, defensores de direitos humanos e escravidão moderna. A ONG pediu que o relatório final de Douhan, que será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos em setembro de 2026, inclua opiniões de outros especialistas da ONU e de organizações democráticas cubanas.

As críticas surgem após Douhan afirmar, em entrevista coletiva em Havana na semana passada, que o embargo americano “agravou substancialmente a situação humanitária” na ilha.

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