O governo de Donald Trump aumentou drasticamente a pressão militar sobre o regime de Nicolás Maduro desde setembro. Algo que chamou a atenção nos últimos dias foi a presença do grupo de elite Night Stalkers nas proximidades da costa venezuelana.
Nesta sexta-feira (24), o secretário de Guerra, Pete Hegseth, ordenou o envio de um grupo de ataque para o Mar do Caribe, que inclui um porta-aviões, navios de guerra e aeronaves de combate, sinalizando uma expansão da campanha militar em andamento na região. Até agora, o Pentágono também já mobilizou mais de seis mil soldados para a missão.
Toda essa movimentação, que Trump prometeu ampliar em sua guerra contra os cartéis de drogas, tem gerado uma perturbação sem precedentes no alto escalão da ditadura chavista.
Neste dia, o Departamento de Guerra anunciou o décimo ataque a embarcações no Caribe e no Pacífico, perto da costa da Colômbia.
O que se sabe sobre a mobilização dos EUA no Caribe
Desde o início das operações em águas internacionais, o governo Trump ordenou o envio de pelo menos oito navios de guerra da Marinha dos Estados Unidos para a região do Caribe, incluindo três contratorpedeiros, três navios de assalto anfíbio, um cruzador e um navio de combate litorâneo adaptado para operações em águas costeiras. Além disso, um submarino USS Newport News também patrulha a região.
Nesta sexta, o Pentágono anunciou que está destacando o porta-aviões mais avançado da Marinha dos Estados Unidos – e do mundo -, atualmente estacionado no Mediterrâneo, para o Caribe, o USS Gerald R. Ford. O porta-aviões será acompanhado de outras dezenas de aeronaves de caça e vigilância, além de outros navios de guerra, segundo relataram autoridades ao Wall Street Journal.
A entrada do USS Gerald R. Ford nas operações é o sinal mais forte até agora de que Trump seguirá com os ataques por terra, como garantiu na quinta-feira. O porta-aviões permite aos militares realizar ataques aéreos de forma mais ágil e encurtar a distância que os aviões teriam que se deslocar para atingir alvos terrestres.
No dia anterior, o Wall Street Journal já havia revelado que os Estados Unidos destacaram bombardeiros B-1 da Força Aérea perto da Venezuela. Ao todo, dois B-1 Lancers deixaram uma base no Texas em direção ao país sul-americano, apesar de terem permanecido no espaço aéreo internacional.
Essas aeronaves têm a capacidade de voar a velocidades supersônicas e transportar até 34 toneladas de bombas, mais do que outros bombardeiros presentes no Exército americano. Entre suas funções está a de realizar vigilância marítima.
A Força Aérea americana e fuzileiros navais já haviam realizado exercícios de demonstração de força na semana passada com bombardeiros B-52 e caças F-35B. As ações aconteceram perto de uma ilha na costa da Venezuela.
O Pentágono também mobilizou na região drones MQ-9 Reaper, conhecidos por ataques de precisão e vigilância avançada, e um esquadrão de caças furtivos F-35, de difícil detecção pelos radares e com capacidade de realizar ataques por terra e ar.
Os Estados Unidos também programaram exercícios militares a partir do dia 30 em Trinidad e Tobago. Além da demonstração de força militar, Trump autorizou a CIA a atuar dentro da Venezuela para enfraquecer a ditadura de Nicolás Maduro, o que tem mudado a rotina do alto escalão chavista.
Em resposta às ações americanas, o líder do regime venezuelano anunciou na quinta-feira que a Forças Armadas Bolivarianas (FANB), policiais e membros da Milícia Bolivariana realizarão exercícios militares que durarão 72 horas em meio à mobilização naval dos Estados Unidos no mar do Caribe.
Em declarações transmitidas no canal estatal VTV, Maduro disse que deu a ordem de ativar todos os mecanismo militares “de imediato” para a defesa dos “pontos de ação” em toda a costa da Venezuela, desde o estado de Zulia (na fronteira com a Colômbia) até o de Sucre (próximo de Trinidad e Tobago). O ditador também se gabou de ter cinco mil mísseis russos à disposição de Caracas.
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