O Hamas, grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza, celebrou neste domingo (21) o reconhecimento do Estado da Palestina por países integrantes do G7. Reino Unido, Canadá e Austrália anunciaram reconhecer a existência da Palestina como estado antes da assembleia geral da ONU. O grupo classificou a decisão como um “passo importante”.

Usando um comunicado, o Hamas declarou que o reconhecimento “constitui um passo relevante para afirmar o direito do povo palestino à sua terra e aos seus lugares sagrados, bem como para estabelecer seu Estado independente com Jerusalém como capital”.

A organização islâmica também considerou o gesto uma “homenagem à luta, à perseverança e aos sacrifícios do nosso povo no caminho para a libertação e o retorno”.

Israel condena gesto

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, condenou neste domingo o reconhecimento do Estado palestino como “imoral, ultrajante e especialmente repugnante”.

“A maioria dos países do mundo já reconheceu um ‘Estado palestino’ no passado, e isso também foi um erro”, escreveu Sa’ar em sua conta na rede social X.

“Mas os governos que decidiram se somar ao reconhecimento precisamente agora estão cometendo uma ação imoral, ultrajante e especialmente repugnante”, acusou.

O chanceler israelense classificou o reconhecimento como “um prêmio” ao grupo islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e uma “recompensa injustificada” para a Autoridade Palestina.

Hamas coloca exigências

Apesar da celebração, o Hamas alertou que a medida deve ser acompanhada de “medidas práticas”, como o “fim imediato” da guerra em Gaza e a “luta contra os projetos de anexação e judaização” na Cisjordânia e em Jerusalém.

O grupo também apelou à comunidade internacional e à ONU para que “isolem” Israel. Pediu a suspensão de toda cooperação, o endurecimento das medidas punitivas e que os líderes israelenses sejam levados a tribunais internacionais para serem responsabilizados por “crimes contra a humanidade”.