O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista coletiva em Kuala Lumpur, na Malásia, que é preciso levar a crise entre Estados Unidos e Venezuela a uma mesa de negociação, e que submeteu essa proposta ao presidente Donald Trump. “O Brasil tem interesse que não haja guerra na América do Sul”, ressaltou. “A América do Sul tem de voltar a ser uma zona de paz”, completou.
Foram as primeiras declarações do mandatário brasileiro após a reunião com Trump no domingo (26), no país asiático. Lula relatou que colocou a questão da Venezuela em pauta na reunião porque viu que as coisas estão se agravando. Tropas americanas posicionaram-se no Mar do Caribe, e pelo menos dez embarcações venezuelanas já foram bombardeadas porque estariam transportando drogas, segundo argumentou a Casa Branca.
Lula disse que se ofereceu para mediar uma negociação entre Estados Unidos e Venezuela, a partir da condição de maior país da América do Sul. E lembrou que desempenhou esse papel em 2003, quando criou o grupo de “amigos da Venezuela” para mediar a crise com o então presidente Hugo Chávez (morto em 2013), o qual contou com a participação do secretário de Estado Colin Powell (morto em 2021).
O presidente brasileiro acrescentou que também se manifestou sobre a necessidade de levar a guerra entre Ucrânia e Rússia para uma “mesa de negociação”, porque o conflito estaria maduro para isso. “Cada um já sabe o que quer”, afirmou, sobre interesses de Rússia e Ucrânia.
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