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NEM ESTUDAM, NEM TRABALHAM: o que está travando o futuro dos jovens?

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Em São João de Meriti e em outras cidades do Rio, a geração Z enfrenta desafios reais entre bicos, desilusão profissional e falta de oportunidades.

Eles cresceram na era digital, dominam redes sociais como ninguém e têm opiniões afiadas. Mas, quando o assunto é mercado de trabalho, muitos jovens da geração Z — aqueles nascidos entre 1995 e 2010 — estão fora do jogo. Segundo dados do IBGE, mais de 10 milhões de jovens no Brasil estão na categoria conhecida como “nem-nem”: não estudam e nem trabalham. Só no estado do Rio, a estimativa é de 1 em cada 4 jovens nessa situação.

E a Baixada sente esse impacto.

Em cidades como São João de Meriti, a realidade é ainda mais dura. Muitos começam a trabalhar cedo em funções informais como ajudantes, lavadores de carro ou motoboys. A entrada precoce no mercado, sem preparo ou qualificação, cria um ciclo de frustração e rotatividade.

“Se não gostam, vão embora”

Jadson Medeiros, psicólogo com experiência em RH, explica que essa geração não tem medo de mudar. “Eles são desapegados. Se não gostam do trabalho, viram as costas e vão embora. Mas isso não é falta de vontade, é visão de vida diferente”, explica.

Apesar disso, ele aponta que o problema não é falta de potencial. “Quando encontram propósito no que fazem, eles se dedicam com tudo. São rápidos, multitarefas e pensam fora da caixa.”

Meriti tem talento

Renata Elvira, 27 anos, é um exemplo disso. Moradora da região, ela entrou numa empresa como recepcionista durante a pandemia e, com esforço, foi crescendo até chegar ao marketing. “Quando me vi em algo que fazia sentido, tudo mudou. Hoje eu gosto do que faço e me sinto parte de algo”, conta.

O desafio das empresas

As empresas que se adaptam, colhem resultados. Investir em propósito, escuta e planos de carreira tem sido mais eficiente do que apenas cobrar metas. “A geração Z quer ser ouvida e se sentir relevante. É isso que faz diferença”, destaca Jadson.

Conclusão

O que trava o futuro dos jovens da Baixada não é preguiça nem falta de interesse. É a ausência de oportunidades reais, acolhimento e visão de longo prazo. Entender isso é o primeiro passo para mudar essa realidade.


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