A pesquisa mostrou que o volume de negociações diárias nos mercados globais de câmbio cresceu 28%, ao passar de US$ 7,5 trilhões para US$ 9,6 trilhões em abril, com o dólar se mantendo como a mais negociada, presente em 89% de todas as negociações cambiais. Como duas moedas estão envolvidas em cada transação, a soma das porcentagens de cada moeda totaliza 200% em vez de 100%, explica o BIS. “O euro foi a segunda moeda mais negociada, com uma participação de 28,9%, seguido pelo iene japonês, com 16,8%”, diz trecho do documento do BIS. A participação da libra esterlina, por sua vez, caiu para 10,2% (de 12,9%), enquanto as negociações com o renminbi chinês e com o franco suíço aumentaram.

Apesar de o dólar ser a moeda mais presente nas transações, o maior volume em dólar negociado em abril deste ano não se deu nos Estados Unidos, mas no Reino Unido, com US$ 4,75 trilhões de transações diárias, enquanto em segundo lugar apareceram os EUA, com US$ 2,33 trilhões; em terceiro, Singapura, com US$ 1,485 trilhão; e em quarto, Hong Kong, com US$ 883 bilhões.

Ainda de acordo com o levantamento, os swaps cambiais continuaram sendo o instrumento mais negociado nos mercados, com o giro médio diário subindo para US$ 4 trilhões em abril de 2025 — um aumento de 5% em relação a abril de 2022.

“O giro de operações à vista (spot) de câmbio aumentou 42% e as operações a termo (outright forwards) aumentaram 60%”, segundo o documento do BIS. Os swaps e as operações a termo são instrumentos comumente usados para proteger investidores, empresas e países contra riscos cambiais.

Os dados divulgados pelo BIS nesta terça-feira são referentes às negociações feitas em mercado de balcão (“Over-the-Counter”, ou OTC), onde a maior parte das negociações cambiais do mundo costuma ocorrer, embora sejam negociações bilaterais e com menor transparência do que daquelas observadas em bolsas reguladas.