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Não há gargalos críticos na execução dos investimentos da Motiva, diz presidente | Empresas

A Motiva (ex-CCR) não vê gargalos relevantes no andamento das obras dos contratos, afirmou o presidente do grupo, Miguel Setas. “Não encontramos nenhum gargalo crítico nas atividades principais que são construtivas. No mercado de São Paulo, onde temos a maior parte dos investimentos que estão sendo realizados, mais de 50%, a oferta de capacidade construtiva é muito adequada ao que temos que executar”, disse ele, em teleconferência com analistas, nesta quinta-feira (30).

“Há algumas nuances geográficas, algumas geografias do país onde a oferta de capacidade construtiva não é tão abundante como em São Paulo, aí temos que ter estratégias específicas, trazendo novas construtoras para trabalhar no Estado”, afirmou.

No caso de algumas áreas em que há mais déficit de profissionais, como a de projetistas, Setas afirmou que há também uma estratégia para evitar gargalos. “A companhia pegou um conjunto de projetistas parceiros de longa duração, fez contratos guarda-chuva, e temos mão de obra, capacidade contratada para próximos anos, garantindo que companhia não fique com um déficit de capacidade”, disse.

“Mas, por agora, nossa avaliação é que a execução de ‘capex’ [investimentos em bens de capital] não tem gargalo inviabilizador dos compromissos que temos pela frente. Mas é tema que monitoramos de forma regular.”

Relicitação da Renovias e olho em ativos “premium”

A Motiva (CCR) deverá disputar o leilão de relicitação da atual concessão da Renovias, que se aproxima do fim. “É um ativo interessante e estratégico, programado para fevereiro, é quase certeza que companhia se apresentará na relicitação”, disse Miguel Setas.

O governo de São Paulo marcou para 27 de fevereiro o leilão da chamada Rota Mogiana, que abarca trechos da atual Renovias.

O executivo disse que, em relação aos próximos leilões, o foco da empresa serão ativos “premium” e em geografias estratégicas.

Outras oportunidades em análise

Após assinar o aditivo de extensão da concessão da Linha 4 do Metrô de São Paulo, a Motiva (CCR) analisa outras oportunidades semelhantes, afirmou Setas. “Diria que, nos próximos 12 a 18 meses, esses aditivos devem ter evolução.”

Na Linha 5 do Metrô, a empresa analisa uma extensão em formato parecido com o aditivo do Linha 4, segundo ele. “E cumulativamente, estamos olhando alternativas de aditivos no segmento de rodovias. Temos negociações em curso de SPVias e Autoban, nosso principal ativo, e estamos debatendo com poder concedente em São Paulo”, afirmou.

Além disso, o grupo analisa possibilidades junto ao governo da Bahia, em torno do contrato do Metrô Bahia, disse.

2026 abre espaço para plataforma de mobilidade com sócio

Em 2026, a Motiva (CCR) avalia que seu foco se voltará à formação de uma plataforma de mobilidade urbana junto a um sócio. “2026 abre espaço para nos concentramos, não só no [fechamento da operação de venda de aeroportos], mas, em paralelo, a formação de uma plataforma [de trilhos] com sócio tendencialmente internacional, para dividir esse negócio em termos de seu crescimento, risco, necessidade de capital”, afirmou Miguel Setas.

“E isso ocorrerá ao longo de 2026, possivelmente com assinatura em 2026 e fechamento em 2027, vamos colocar de maneira bastante aproximada”, disse.

Outra estratégia é a possibilidade de vender ativos específicos considerados menos estratégicos, afirmou.

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