O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acusou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de atrasar a autorização para uma nova cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Segundo ele, há laudos médicos que comprovam a urgência do procedimento, enquanto a decisão judicial não avança.
Flávio visitou o pai nesta terça (16) e afirmou que médicos que atendem o ex-presidente indicaram a necessidade imediata de uma intervenção cirúrgica por causa das frequentes crises de soluços.
“Os médicos estão comprovando a necessidade de fazer uma intervenção cirúrgica, e o relator enrolando. Peço que volte o bom senso ao relator desse processo, para que não fique transparecendo que quer matar o Bolsonaro. É um risco de saúde muito grave, e eu peço que ele pare de usar essa jurisprudência”, afirmou o senador a jornalistas após a visita.
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A defesa de Bolsonaro voltou a pedir ao STF, na segunda (15), uma autorização para cirurgia de urgência após um exame de ultrassom realizado dentro da prisão. Os advogados informaram que o exame confirmou duas hérnias bilaterais e reforçou a indicação de herniorrafia inguinal bilateral.
De acordo com a petição, o procedimento exigiria internação estimada entre cinco e sete dias. O documento aponta agravamento dos sintomas em razão de crises frequentes de soluço, que elevam a pressão abdominal e aumentam os riscos clínicos.
“O relatório registra que os sintomas de dor e desconforto na região inguinal se intensificaram”, diz trecho do pedido encaminhado ao ministro. A defesa alerta para a possibilidade de encarceramento ou estrangulamento intestinal, o que exigiria cirurgia de emergência com riscos maiores.
Alexandre de Moraes determinou a realização de uma perícia médica e afirmou que os exames apresentados anteriormente estavam desatualizados. Com os resultados em mãos, o ministro deverá decidir se autoriza a cirurgia e se há possibilidade de transferência para prisão domiciliar.
A defesa sustenta que a condição de saúde de Bolsonaro é incompatível com o ambiente prisional. Flávio Bolsonaro ainda criticou duramente a exigência de perícia determinada pelo STF.
“Há uma desconfiança até de médicos, nunca vi isso na vida”, declarou.
Os advogados também reiteraram o pedido de prisão domiciliar humanitária, alegando que o quadro clínico é delicado e exige cuidados constantes. Um pedido anterior, feito antes da decretação da prisão, já havia sido rejeitado por Moraes.
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