A Fundação Casa de Rui Barbosa, vinculada ao Ministério da Cultura, anunciou nesta sexta-feira (31) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o ex-ministro José Dirceu (PT) estão entre os agraciados com a “Medalha Rui Barbosa de 2025”.
Em nota, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou que a honraria é uma “forma de celebrar o valor da cultura como pilar da democracia e da cidadania”. A distinção é concedida “a personalidades e instituições que se destacaram para o fortalecimento da cultura brasileira”. A honraria foi criada em 1949 e é concedida anualmente.
O presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Alexandre Santini, disse que a edição deste ano “reconhece pessoas e instituições cuja atuação reflete o compromisso com a cultura, a democracia, a diversidade das expressões culturais e a memória histórica do país”. A cerimônia será realizada na próxima sexta-feira (7).
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Segundo a fundação, a intenção é reconhecer trajetórias que “refletem os princípios humanistas e republicanos de Rui Barbosa: ética pública, pensamento crítico e compromisso com a cultura como dimensão essencial da vida democrática”.
Em 2005, José Dirceu teve o mandato cassado devido ao escândalo do Mensalão. Ele foi preso em 2013 por ser considerado um dos líderes do esquema de compra de apoio parlamentar para projetos do governo no Congresso entre 2003 e 2004. No entanto, em 2016, a pena de 7 anos e 11 meses foi anulada pelo ex-presidente do STF Luís Roberto Barroso.
Em outubro de 2024, o ministro Gilmar Mendes anulou todos os atos processuais da Lava Jato contra o petista. Dirceu classificou o Mensalão como a “primeira grande fake news do Brasil”. Com as decisões favoráveis, ele cogita disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026.
Além de Moraes e Dirceu, também serão homenageados:
Também receberão a medalha os deputados federais Chico Alencar (PSOL-RJ) e Daniel Soranz (PSD-RJ) e o teólogo e escritor Frei Betto. Veja abaixo os demais homenageados:
- Associação Juízes e Juízas pela Democracia;
- Campanha Sem Memória Não Há Democracia, coletivo da sociedade civil que defende a criação do Centro de Memória e Direitos Humanos na sede do antigo DOPS;
- Daiara Tukano, artista, pesquisadora e liderança indígena do povo Tukano;
- Instituto Cultural da Feira de São Cristóvão: que atua na promoção da cultura nordestina;
- João Jorge Rodrigues, presidente da Fundação Cultural Palmares;
- Lúcia Lippi, professora emérita do CPDOC/FGV e membro do Conselho Consultivo da FCRB;
- Mestre Paulão Kikongo, presidente da Associação de Capoeira Kilombarte.
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