O presidente da Argentina, Javier Milei, encerrou nesta sexta-feira (24) a campanha de seu partido, A Liberdade Avança, para as eleições legislativas do próximo domingo (26) com um apelo para “derrotar” o comunismo e mudar a composição do Congresso, abrindo caminho para que leve adiante reformas cruciais em matéria econômica.

“Somos o melhor governo da história. Mas é preciso entender que é impossível em 20 meses reverter 100 anos de decadência. Portanto, neste domingo temos que defender todo o caminho percorrido”, afirmou Milei em um ato político em Rosário, terceira cidade mais populosa da Argentina.

Cercado por vários candidatos e boa parte de seu conselho de ministros, Milei reivindicou seu programa econômico de drástico ajuste fiscal, que segundo ele conseguiu reaver o equilíbrio das contas públicas, desacelerar a elevada inflação para o patamar interanual de 30% e tirar “12 milhões de argentinos da pobreza”.

“Há quase dois anos, quando nos coube assumir, me comprometi com vocês que, ainda que fosse duro, iria enfrentar os problemas pela raiz, e por isso o fiz de costas para o Congresso, porque era preciso dar uma guinada de 180 graus e isso fizemos”, disse Milei, cujo partido é atualmente minoritário em ambas as câmaras do Congresso.

O presidente enfatizou que a oposição política barrou a aplicação de suas medidas, que visavam melhorar a situação do país. Segundo Milei, “quando a economia vinha a todo vapor”, a oposição colocou “em marcha a máquina de impedir” mediante a aprovação de leis contrárias à sua meta de manter o equilíbrio fiscal.

“Apesar de um Congresso destituinte, que atacou o tempo todo o programa de governo, hoje chegamos às eleições de pé e, a partir de domingo, a Argentina vai mudar de verdade”, declarou.

“Por isso é tão importante votar neste domingo, porque temos a possibilidade de mudar a cara do Congresso e poder avançar com as reformas que a Argentina precisa”, acrescentou Milei, que prometeu impulsionar, uma vez concretizada a troca no Parlamento no próximo dezembro, reformas em matéria trabalhista e tributária.

Ele destacou que as eleições deste domingo são importantes para “derrotar o comunismo” e definir se a Argentina caminha “em direção às ideias da liberdade ou em direção às ideias castro-chavistas”.

Cerca de 35,9 milhões de pessoas estão aptas a votar neste domingo para renovar um terço do Senado e metade da Câmara de Deputados. As últimas pesquisas indicam um cenário de alta polarização entre o A Liberdade Avança e a frente peronista Força Pátria.

As pesquisas não são unânimes a respeito de qual das duas forças será a mais votada neste domingo.