Dias após admitir publicamente a possibilidade de concorrer à Presidência da República em 2026, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (27), em Ji-Paraná (RO), que não pretende ser candidata. “Vamos trabalhar para reeleger o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro. Eu não quero ser presidente, não. Eu quero ser primeira-dama”, declarou Michelle, em discurso para apoiadores.
No encontro do PL Mulher em Rondônia, ela disse em diferentes momentos que o seu nome para as eleições segue sendo o do ex-presidente, recém condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão. Apesar da negativa, ela deixou claro que seguirá atuando em nome do marido enquanto ele permanecer preso. “Se ele quiser, eu serei a voz dele nos quatro cantos desta nação, e até fora se precisar”, afirmou.
A fala contrastou com a entrevista concedida na última quarta-feira (24) ao jornal britânico The Telegraph, em que havia admitido a hipótese de concorrer, sem especificar o cargo. A ex-primeira-dama, que é pré-candidata ao Senado pelo Distrito Federal, voltou a repetir a disposição expressa na entrevista dada esta semana de “se levantar como uma leoa” para defender a sua família e o país.
Boa performance em pesquisas ainda coloca Michelle como opção a Bolsonaro
Presidente do PL Mulher, Michelle é considerada peça-chave para preservar o capital político do marido e tem apoio declarado de Valdemar Costa Neto, comandante do partido. Pesquisas recentes apontam que seu nome desponta como o mais competitivo contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com desempenho superior ao do próprio Bolsonaro em cenários simulados.
Em alguns levantamentos de 2025, chegou a liderar sobre o petista. O outro nome em disputa para substituir o marido dela na disputa é o do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que se encontrará com le nesta segunda-feira (29). Aliados avaliam que o enfraquecimento de outras figuras do campo conservador, como Tarcísio e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), reforça a viabilidade de Michelle assumir protagonismo.
Ex-primeira-dama admite deslizes verbais do marido, mas destaca honestidade
No discurso em Rondônia, Michelle também fez uma defesa enfática da trajetória de Bolsonaro no Congresso e na Presidência. “Meu marido era um diamante no Congresso, um brutão, que com o tempo foi lapidado, normal, tá certo! Falou algumas coisas, talvez não tenha conseguido colocar as palavras certas, mas é um homem honesto que não rouba, não mete a mão em dinheiro de aposentado”, disse.
Ela aproveitou ainda para animar os partidários, pedindo resiliência diante do cenário adverso, ilustrando com a “rotina de humilhações” em sua casa e o cerceamento de expressão e até religiosa que ela e o marido estão submetidos pelo STF. “Não baixem a cabeça. Em breve, a justiça vai brilhar na nossa nação”, disse, criticando o sistema por tentar calar o que chamou de “maior líder da direita brasileira”. Segundo Michelle, Bolsonaro “levanta grandes homens e mulheres que um dia vão governar essa nação”.
-
Bolsonaros lideram pesquisa no Acre e Lula perde em todos os cenários de 2º turno
-
Michelle diz a jornal britânico que se levantará como “leoa” enquanto Bolsonaro sofre com “farsa judicial”
@jornaldemeriti – Aqui você fica por dentro de tudo.
Fala com a gente no WhatsApp: (21) 97914-2431