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Messias seria ‘republicanamente evangélico’ e ‘terrivelmente democrático’ no STF, dizem aliados | Política

A eventual indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso tem sido apontada, por interlocutores do governo, como uma maneira de aproximar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dos evangélicos. Aliados do AGU, porém, afirmam que ele será “republicanamente evangélico” e “terrivelmente democrático”.

O jogo de palavras faz menção ao fato de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter dito, em 2021, que escolheria alguém “terrivelmente evangélico” para a Corte. Na época, ele indicou o ministro André Mendonça, que é pastor, para ocupar a cadeira aberta com a saída de Marco Aurélio Mello.

Como mostrou o Valor, de olho na eleição de 2026, o governo tem adotado uma série de medidas para aproximar Lula do segmento, formada por uma parcela da população que se identifica mais com as pautas do bolsonarismo. Uma das estratégias é dar mais entrevistas voltadas a esse público, ajustando o discurso para ecoar valores religiosos, como família, amor ao próximo e união.

Além disso, o governo também deve usas as redes sociais para rebater as notícias falsas que circularam durante a eleição de 2022, demonstrando que o temor do segmento em relação a pautas de comportamento não se concretizou no terceiro mandato do petista.

Hoje, a avaliação no Palácio do Planalto é que o cenário eleitoral do próximo ano é menos hostil do que o de 2022, quando Lula tinha acabado de retornar à vida política, não possuía ações recentes para apresentar e era alvo de constantes de notícias falsas.

Nesse contexto, a indicação de um nome evangélico para o STF reforçaria o pacote de acenos de Lula ao segmento, de olho em sua campanha à reeleição em 2026.

Segundo interlocutores, Messias é um “evangélico raiz”, que frequenta a Igreja Batista desde criança com a família. Ele também evita misturar política com religião e costuma repetir que é preciso “devolver Jesus Cristo ao púlpito”, e não mantê-lo no palanque.

O AGU é apontado ainda como uma das principais “pontes” do governo Lula com a bancada evangélica no Congresso. Nesse papel, ele procurar dialogar não somente com os setores mais progressistas, mas também com nomes mais conservadores, como o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara dos Deputados.

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