A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, declarou nesta terça-feira (7) que foi denunciada perante o Tribunal Penal Internacional (TPI), juntamente a outros membros de seu governo, por “cumplicidade com genocídio” por sua relação com Israel durante a guerra em Gaza.
“Não creio que haja um caso semelhante na história de uma denúncia como esta”, disse ela durante uma entrevista à emissora pública RAI, que irá ao ar hoje à noite e da qual a mídia italiana divulgou alguns trechos.
Meloni afirmou que o grupo Juristas e Advogados pela Palestina (GAP) a denunciou perante o TPI por suposta “cumplicidade” com Israel, juntamente ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani; o ministro da Defesa, Guido Crosetto; e o CEO da empresa de equipamentos de defesa Leonardo, Roberto Cingolani.
Nesse sentido, a líder de direita italiana denunciou “um clima cada vez mais bárbaro” e afirmou ter “perdido a conta” das ameaças de morte que lhe foram dirigidas.
“A Itália já passou por isso. Vejo muitas coisas que começamos a ver como normais, mas não são. E acredito que há responsáveis… por exemplo, aqueles que dizem que tenho sangue nas mãos ou que este governo é cúmplice de genocídio”, pontuou.
Meloni também se referiu às manifestações e greves em apoio a Gaza e à Flotilha Global Sumud nos últimos dias na Itália, entre as maiores de toda a Europa.
Primeiro, ela disse que o maior sindicato do país, a CGIL, que organizou uma greve na sexta-feira, está “muito mais interessado em defender a esquerda do que os trabalhadores”.
Em seguida, expressando seu “grande respeito” pelas manifestações, enfatizou que os distúrbios ocorridos em cidades como Roma, Milão e Turim (norte da Itália) foram “organizados”.
Meloni ressaltou que, apesar dos atos organizados, havia uma parcela de pessoas celebrando o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, à frente de uma grande manifestação que varreu Roma no último sábado e atraiu centenas de milhares de pessoas (pelo menos 250 mil, segundo a polícia).
“Uma das faixas celebrava o terror de 7 de outubro. Quando aqueles que elogiam o terrorismo do Hamas têm permissão para liderar uma manifestação, talvez a hipótese de que sejam infiltrados seja um pouco ingênua”, observou.
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