Cada vez mais pressionado pela campanha militar dos Estados Unidos perto da Venezuela, o ditador Nicolás Maduro sinalizou nesta semana que está disposto a conversar com o presidente americano, Donald Trump.
“Este país está em paz, este país vai continuar em paz e quem quiser falar com a Venezuela dos Estados Unidos vai conversar, ‘face to face’, cara a cara, sem nenhum problema”, disse o chavista durante seu programa semanal Com Maduro, transmitido pela na rede estatal de televisão VTV.
O venezuelano prosseguiu seu discurso dizendo que não pode permitir que “se bombardeie e massacre” a Venezuela.
Apesar de ter sinalizado que poderia conversar diretamente com Trump, Maduro disse no mesmo dia que um ataque militar a seu país representaria “o fim político” do presidente dos Estados Unidos. O republicano não descarta operações militares dentro da Venezuela.
O ditador venezuelano disse que “há um empenho de setores de poder” nos Estados Unidos em destruir o presidente Trump com dois temas: o envolvimento do republicano com o caso do financista Jeffrey Epstein e o outro sobre a possibilidade de ataques à Venezuela.
“Querem que o presidente Trump cometa o erro mais grave de toda sua vida e se meta militarmente contra a Venezuela, o que seria o fim político de sua liderança e de seu nome, e o estão incitando, provocando”, declarou Maduro em seu programa semanal.
Na segunda-feira (17), o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford se aproximou da Venezuela, elevando a tensão entre os países.
No domingo (16), Trump já havia sugerido que poderá haver discussões com Nicolás Maduro, “porque a Venezuela quer falar” em meio à crescente mobilização militar americana no Caribe em águas próximas do país sul-americano.
O presidente americano não especificou a data das conversas, nem quem se encarregaria dela. A declaração do líder da Casa Branca surgiu depois do Departamento de Estado americano designar o Cartel de los Soles como organização terrorista estrangeira (FTO na sigla em inglês), um grupo que Washington vincula a Maduro, cujo regime, por sua vez, alega que seria “uma invenção” para derrubar o governo ilegítimo liderado pelo chavismo.
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