O lucro líquido da fabricante de massas, biscoitos e granolas M. Dias Branco — dona das marcas Adria, Vitarella, Piraquê e Jasmine —, registrou alta de 73,3% no terceiro trimestre, totalizando R$ 216,1 milhões. Ante o segundo trimestre, o indicador ficou praticamente estável, com leve queda de 0,1%.
Na mesma base de comparação, a receita líquida somou R$ 2,78 bilhões, avanço de 15,8%, com crescimento de 15,2% dos volumes e de 0,7% do preço médio. Das três categorias de itens da companhia, produtos principais ― que inclui biscoitos, massas e margarinas ―, foi a que mais contribuiu para o crescimento da receita no período, com 16,2% de avanço ante o mesmo intervalo do ano anterior.
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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) no trimestre foi de R$ 318,1 milhões, alta de 39% na comparação anual. Já a margem Ebitda avançou 1,9 ponto percentual, para 11,4%.
O volume de vendas total da companhia teve alta de 15,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, somando 482,9 mil toneladas. Ante o trimestre anterior, o indicador subiu 5,6%. Já o preço médio teve pequeno aumento de 0,7% na base anual, de R$ 5,7 para R$ 5,8, e queda de 3,2% ante o segundo trimestre.
De julho a setembro, o custo dos produtos vendidos (CPV) avançou 17,8%, para R$ 2 bilhões, principalmente pelo aumento dos volumes vendidos. A participação sobre a receita líquida passou de 70,8% para 72,0%, resultado do aumento de aproximadamente 17% do óleo de palma em dólar, em contraponto ao recuo do trigo em dólar em cerca de 13%.
“Os custos caíram no mercado mas, como a M. Dias tem estoque de produto acabado, essa queda demora a aparecer nos resultados. Provavelmente, ao longo do quarto trimestre, devemos ver alguma mudança”, disse Fabio Cefaly, diretor de novos negócios e de relações com investidores, ao Valor.
Em relação à dinâmica de preços para os próximos meses, Cefaly pondera que tudo vai depender das condições do mercado. “Num contexto de queda de custo, é muito difícil fazer aumentos”, diz. De toda forma, o executivo afirma que a M. Dias não vai ser “nem a primeira nem a última” a promover reajustes. “Nosso foco é preservar o preço relativo de cada item.”
As despesas com vendas e administrativas (SG&A) totalizaram R$ 616,1 milhões, crescimento anual de 11,5%, representando 22,1% da receita líquida. Segundo a empresa, o aumento também reflete o maior volume vendido. “Ainda existem melhorias a serem feitas, como em logística, mas estamos conseguindo fazer uma boa gestão de despesas”, afirma Cefaly.
O resultado financeiro da M. Dias foi positivo em R$ 11,8 milhões, refletindo o rendimento da posição de caixa líquido. A alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda, ficou em 0,6 vez, ante uma posição zerada um ano antes. A companhia encerrou setembro com R$ 530,2 milhões de caixa líquido, com liberação de R$ 205 milhões de capital de giro.
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