A usina nuclear de Kashiwazaki-Kariwa (KK), a maior do mundo em capacidade, recebeu nesta segunda-feira (22) sinal verde para sua reativação por parte das autoridades da província de Niigata, quase 15 anos após o desastre atômico em Fukushima.
A assembleia da província onde a usina está localizada aprovou hoje uma moção de confiança ao governador local, Hideyo Hanazumi, segundo informou o jornal japonês Asahi Shimbun, validando assim seu plano de reiniciar a planta operada pela Tokyo Electric Power (TEPCO).
“Chegamos a este resultado após um período de mais de um ano e meio, durante o qual analisamos minuciosamente as opiniões dos residentes da província, mas acredito que nos tomou bastante tempo”, afirmou Hanazumi à imprensa após a divulgação da decisão, em declarações à rede de televisão local NHK.
Hanazumi deu seu aval no mês passado para a reativação do reator 6 de Kashiwazaki-Kariwa, um dos dois que contam com a aprovação do órgão regulador nuclear nacional para retomar as operações.
A decisão desta segunda conclui o processo que exigia a obtenção do consentimento local e, segundo o Asahi Shimbun, espera-se que o governador se reúna já nesta terça-feira com o ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Ryosei Akazawa, para comunicar oficialmente o sinal verde das autoridades regionais.
No entanto, o momento exato do reinício da central ainda será determinado, embora a TEPCO planeje retomar as operações do reator 6 por volta de 20 de janeiro.
As sete unidades da planta estão paradas desde o acidente de Fukushima em 2011. As unidades 6 e 7 passaram pelas revisões para reativação em 2017, mas receberam ordens posteriores para permanecerem inoperantes devido a falhas na segurança contra ataques terroristas. Em dezembro de 2023, as medidas adotadas foram aprovadas e, desde então, a TEPCO vem realizando os trâmites necessários.
No início do ano, a operadora anunciou o adiamento até 2029 da conclusão de obras necessárias para a colocação em funcionamento da unidade 7. Se o reator 6 for acionado, será o primeiro de uma usina da TEPCO a voltar a operar.
Pela sua capacidade, a planta de Kashiwazaki-Kariwa é peça-chave no plano de suprimento energético da TEPCO e está alinhada com a estratégia do governo de impulsionar a energia nuclear para atingir as metas de redução de emissões.
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